Nesta sexta-feira (09), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tomou uma decisão crucial ao revogar a prisão preventiva de Filipe G. Martins, ex-assessor internacional do ex-presidente Jair Bolsonaro. Contudo, a liberdade de Martins vem com uma série de restrições que o ex-assessor deverá seguir rigorosamente.
A revogação da prisão, no entanto, impõe uma série de medidas cautelares que Filipe Martins precisa respeitar. Ele foi autorizado a deixar a prisão, mas terá que utilizar tornozeleira eletrônica, cumprir recolhimento domiciliar noturno, comparecer ao juízo todas as segundas-feiras e está proibido de deixar o Brasil.
Quais são as decisões do STF para Filipe Martins?
Além das medidas citadas acima, a decisão de Alexandre de Moraes inclui outras restrições significativas. O ministro determinou que Martins deve ficar longe das redes sociais, sob o risco de multa diária de R$ 20 mil. Essa medida visa cortar a influência digital que ele pode exercer.
Além disso, a autorização de porte de arma de Filipe Martins foi suspensa, somando-se às imposições de segurança aplicadas a ele após a revogação da prisão preventiva. Moraes também impôs a proibição de qualquer contato com o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros investigados no mesmo inquérito.
Martins também não pode se comunicar com quem?
Filipe Martins está proibido de se comunicar com várias figuras chave. Específicos na decisão judicial incluem o ex-ministro Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier. Essa determinação visa garantir que não haja interferência ou conluio entre os envolvidos durante as investigações.
Impactos legais e sociais da decisão
Segundo o STF, essa sequência de decisões traz uma nova camada de segurança ao processo investigativo e representa uma tentativa de impedir qualquer possível manipulação ou obstrução de justiça. O uso de tornozeleira eletrônica e o recolhimento domiciliar noturno também servem para monitorar e conter os movimentos de Filipe Martins, garantindo que ele cumpra as ordens judiciais.
A revogação da prisão preventiva, no entanto, não deve ser vista como um relaxamento completo, mas sim uma transição para uma vigilância mais controlada e específica. O fato de Martins estar proibido de usar redes sociais significa um corte significativo em sua capacidade de mobilizar apoio e disseminar informações que podem comprometer o andamento das investigações.