Daniel Sancho, chef de cozinha e filho do ator espanhol Rodolfo Sancho, foi condenado à prisão perpétua na Tailândia pelo assassinato e esquartejamento do médico colombiano Edwin Arrieta. Inicialmente, ele estava em uma prisão destinada a crimes com penas de até 15 anos, mas será transferido para uma penitenciária mais rígida devido à gravidade de seu crime.
O caso ganhou grande repercussão na mídia internacional, destacando não apenas a brutalidade do crime, mas também a figura pública do acusado. Sancho, que estava de férias na ilha tailandesa de Koh Pha Ngan quando cometeu o crime, terá de enfrentar novas e mais severas condições de detenção.
Nova Prisão para Daniel Sancho
A nova prisão de Daniel Sancho fica a cerca de 100 km de Koh Pha Ngan, onde o crime aconteceu. O chef será transferido para a penitenciária de Surat Thani, conhecida por abrigar presos condenados por crimes violentos. O trajeto até lá incluirá carros blindados e um barco, medida de segurança devido à gravidade do crime.
Segundo o jornal espanhol “El Economista”, Sancho dividirá a cela com cerca de 30 outros detentos. Apesar das duras condições, ele ainda poderá receber visitas de familiares, um pequeno consolo em meio à sua condenação.
Motivo do Crime: Explosão de Raiva ou Legítima Defesa?
A motivação por trás do crime cometido por Daniel Sancho contra Edwin Arrieta ainda é envolta em mistério. No entanto, um documentário da HBO levantou a hipótese de que Arrieta teria ameaçado Sancho, levando a uma briga que culminou no que a defesa chamou de “acidente”.
Os advogados de Sancho afirmam que ele agiu em legítima defesa. Segundo eles, Arrieta teria tentado forçar o chef a manter relações sexuais. Embora Daniel tenha confessado o assassinato e admitido ter esquartejado o corpo de Arrieta, a defesa insiste na tese da legítima defesa.
Adaptação na Prisão
Enquanto aguardava sua sentença, Daniel Sancho tentou se manter ocupado. Durante sua prisão preventiva, leu mais de 70 livros e começou a escrever seu próprio romance de true crime. De acordo com o “El Periódico de España”, ele já havia escrito cerca de 80 páginas.
No entanto, a mudança para a nova prisão pode dificultar esse novo hobby. As celas superlotadas da penitenciária de Surat Thani representam um desafio adicional para Sancho, que encontra na leitura e escrita uma forma de escapar da dura realidade do confinamento.
A família de Daniel Sancho não desistiu de lutar por um alívio em sua sentença. Além de tentar reverter a decisão judicial nas diferentes instâncias da corte tailandesa, estão considerando escrever uma carta ao rei da Tailândia, Maha Vajiralongkorn, implorando por perdão.
O rei tem a prerrogativa de conceder perdão a quem reconhece a culpa e admite os crimes cometidos. Tradicionalmente, esses perdões são concedidos em ocasiões especiais, como o aniversário do rei, que é celebrado em 28 de julho. Caso todos os recursos legais falhem, a família de Sancho verá essa data como a próxima esperança para reduzir sua pena perpétua.