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Marcos Paulo da Silva, conhecido como Lúcifer, chefe do grupo criminoso “Irmandade de Resgate do Bonde Cerol Fininho”, voltou a expressar seu ódio pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) durante uma audiência por videoconferência. O evento ocorreu na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), onde Lúcifer está detido.
Preso há mais de 20 anos, Lúcifer enfrenta uma pena que ultrapassa 132 anos de prisão, sendo responsável por 50 assassinatos de integrantes de facções rivais. O juiz questionou Lúcifer sobre sua percepção da liberdade, considerando seus crimes contínuos mesmo atrás das grades.
Lúcifer e seu Ódio ao PCC
Durante a audiência, Lúcifer explicou que sua concepção de liberdade vai além do físico. “A liberdade não é só física. Espiritualmente e psicologicamente estou livre. Fisicamente preso, mas espiritualmente estou liberto”, declarou. Para ele, a luta contra facções rivais, especialmente o PCC, é mais importante que a própria liberdade física.
Lúcifer ressaltou que sua determinação em eliminar rivais supera qualquer preocupação com a liberdade física. Ele frisou: “A nossa luta se sobrepõe a essa liberdade física. Melhor lutar do que viver curvado para os outros. Não vou me submeter a ninguém.”
Quem é Lúcifer?
Marcos Paulo da Silva, o Lúcifer, tornou-se um dos criminosos mais temidos no sistema penitenciário brasileiro. Em 2013, após romper com o PCC, ele criou seu próprio grupo, o Cerol Fininho. A brutalidade de seus crimes dentro das prisões lhe rendeu notoriedade e pânico entre os detentos.
Diagnosticado com psicose, Lúcifer orgulha-se de ter cometido 50 assassinatos dentro de presídios paulistas. Suas vítimas, geralmente membros de facções como o PCC, foram eliminadas de maneira extremamente violenta. Em 2022, três seguidores de Lúcifer foram condenados pela Justiça de São Paulo por dois homicídios, um deles envolvendo decapitação.
Como o Sistema Penitenciário Lida com Lúcifer?
Atualmente, Lúcifer está isolado em uma cela na Penitenciária 1 Presidente Venceslau (SP), devido à sua alta periculosidade. Ele entrou para o mundo do crime aos 18 anos, após ser preso por furto e roubo em 1995. Pouco depois, ingressou no PCC e se destacou por sua participação em ações violentas.
Os métodos cruéis de Lúcifer e seus seguidores, como mutilação e decapitação das vítimas, servem como um “cartão de visita” macabro do Cerol Fininho. Em 2015, corpos mutilados com vísceras expostas e cabeças decepadas foram encontrados na cela de Lúcifer, reforçando a imagem de terror que ele projeta.
O que Motiva a Violência de Lúcifer?
Além do ódio profundo pelo PCC, Lúcifer realiza seus crimes como parte de um ritual brutal, onde escreve “Cerol Fininho” nas paredes com o sangue das vítimas. Suas ações não só intimidam outros detentos como também constituem uma demonstração de poder e controle dentro das prisões.
Um dos eventos mais horripilantes foi o massacre de cinco detentos na Penitenciária de Serra Azul em 2011, onde Lúcifer expressou seu desejo de matar ainda mais pessoas. Durante outra ocasião, ele e seus comparsas fizeram vários agentes penitenciários reféns, utilizando um estilete artesanal para decapitar suas vítimas.
A história de Marcos Paulo da Silva, o Lúcifer, demonstra o extremo da violência e da psicose dentro do sistema penitenciário brasileiro. Suas ações servem como um lembrete aterrorizante de como o crime pode perpetuar-se atrás das grades, influenciando a dinâmica de poder e a segurança dentro das prisões.