Foto: Reprodução/Eduardo Knapp/Folhapress.
O ex-deputado e ex-candidato a presidente Edmund Jorge (PV) voltou a criticar de forma enfática o posicionamento do governo Lula referente à ditadura de Nicolás Maduro, na Venezuela. Através de suas redes sociais, ele expressou sua indignação com a forma como o governo brasileiro tem lidado com as ações do ditador venezuelano.
Em uma série de publicações no X, no dia 10 de agosto de 2024, Eduardo Jorge fez duras críticas, utilizando uma linguagem direta e sem rodeios. Segundo ele, o silêncio e a inação do governo Lula parecem endossar as arbitrariedades cometidas por Maduro.
Sequestrador Maduro faz mais reféns
Em um de seus tweets, Eduardo Jorge afirmou que “O sequestrador Maduro anuncia que Maria Corina e Edmundo Gonzalez são ‘terroristas’ que devem ser cassados e presos. Deve ser esta a ‘negociação’ que o sr [Celso] Amorim está esperando sentado em Brasília.”
A crítica é uma referência clara à postura aparentemente passiva do governo brasileiro diante das ações autoritárias de Maduro. Eduardo Jorge fez questão de enfatizar que tal atitude é inaceitável e comparou as ações de Maduro ao grupo Hamas, sugerindo que o ditador venezuelano está adotando táticas de sequestro para manter sua posição de poder.
Maduro e as prisões arbitrárias
Eduardo Jorge também se posicionou em resposta a uma publicação da líder oposicionista María Corina Machado, que denunciou a prisão arbitrária de Williams Dávila Barrios, ex-governador e ex-deputado eleito pelo estado venezuelano de Mérida. Jorge destacou: “Maduro sequestra e faz reféns. Hamas fazendo escola. Enquanto isto governo do Brasil e companhia esperam, esperam, esperam…esperam que o assunto saia da pauta e o ditador continue no poder.”
Com isso, Eduardo Jorge demonstra claramente sua frustração com a falta de uma resposta firme e imediata do governo brasileiro às violações de direitos humanos promovidas por Maduro. Ele critica a postura de “pragmatismo, realismo e moderação” que, segundo ele, não passa de uma desculpa para a inação.
Esquerda e direita
O apoio ou a oposição a Nicolás Maduro tornou-se um critério determinante para separar diferentes alas políticas, tanto na esquerda quanto na direita. Segundo Eduardo Jorge, nem toda a esquerda é antidemocrática e há uma parte significativa que se opõe à ditadura de Nicolás Maduro.
- Na direita, tanto bolsonaristas quanto não bolsonaristas são unânimes em condenar Maduro.
- Na esquerda, especialmente fora do PT, algumas manifestações firmes contra a fraude eleitoral e ditatorial de Nicolás Maduro têm ganhado força.
No entanto, dentro do Partido dos Trabalhadores (PT), o discurso majoritário ainda parece endossar Maduro, o que tem gerado críticas e divisões internas. Eduardo Jorge destaca que essa postura do PT é um indicativo claro de uma tendência antidemocrática, que deveria ser repensada.
Futuro das relações Brasil-Venezuela
Enquanto a situação na Venezuela permanece tensa, a orientação do governo brasileiro em relação ao país vizinho continua a ser um tema controverso. O apoio ou a oposição à ditadura de Maduro não apenas define alianças políticas internas, mas também configura a postura do Brasil no cenário internacional.
- Continuidade das críticas de figuras políticas como Eduardo Jorge pode pressionar o governo a adotar uma posição mais firme.
- A reação da comunidade internacional pode influenciar nas futuras ações do governo brasileiro.
- O acompanhamento atento das violações de direitos humanos na Venezuela é essencial.
Assim, a discussão sobre o posicionamento do Brasil em relação a Nicolás Maduro permanece aberta e cheia de nuances, exigindo uma análise cuidadosa e uma abordagem coerente dos governantes brasileiros.