Em uma decisão apertada, a Organização dos Estados Americanos (OEA) falhou, por apenas um voto, em aprovar uma resolução que exigia transparência do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela. A votação, realizada na última quarta-feira, dia 31 de julho de 2024, tentava forçar a divulgação das atas da eleição do último domingo, dia 28.
O CNE, controlado pelo regime chavista, declarou a vitória de Nicolás Maduro logo no próprio domingo, sem contar a totalidade dos votos. Até o momento, esses documentos não foram apresentados. Segundo a oposição, as atas disponíveis mostram uma vitória significativa de Edmundo González.
Reação da OEA à Situação na Venezuela
A resolução não aprovada pela OEA demandava que o CNE publicasse “imediatamente os resultados da votação das eleições presidenciais em nível de cada seção eleitoral” e permitisse uma verificação completa dos resultados por observadores internacionais independentes. A necessidade de 18 votos não foi atingida, apesar dos 17 votos a favor, nenhum contra, 11 abstenções e 5 ausências.
Como os Países Votaram na Resolução da OEA?
Dentre as abstenções, estavam os governos de esquerda de Brasil, liderado por Lula, e da Colômbia, sob o comando do ex-guerrilheiro Gustavo Petro. O México, governado por López Obrador, optou por não participar da votação. Essas abstenções e ausências efetivamente concedem ao regime de Maduro mais tempo para “justificar” a controversa vitória eleitoral.
Qual foi a Reação Internacional?
Nas redes sociais, o presidente da Argentina, Javier Milei, não escondeu sua insatisfação com a decisão da OEA e criticou fortemente os líderes de Brasil, Colômbia e México. Em seu perfil no X, ex-Twitter, Milei expressou sua visão de que o comunismo, embora considerado por alguns como extinto, ainda é uma ameaça presente e que aqueles que não o enxergam assim são “ignorantes e/ou estúpidos”.
O Que Podemos Esperar no Futuro das Eleições na Venezuela?
A resolução rejeitada pela OEA indicava a necessidade de maior transparência nas eleições venezuelanas e sinalizava uma pressão internacional para garantir a credibilidade do processo eleitoral. No entanto, com a atual configuração política de apoio a Maduro, a pressão internacional e interna poderá aumentar nos próximos meses.