Na manhã desta quarta-feira (21), a Polícia Federal (PF) realizou quatro mandados de busca e apreensão em Santarém (PA). A operação, denominada “Defesa”, é voltada para empresários e influenciadores digitais suspeitos de incitar crimes após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.
Conforme informações da Polícia Federal, a operação tem como objetivo desmantelar uma suposta associação criminosa. Segundo informações do g1, esse grupo, por meio de redes sociais e aplicativos de mensagens, incentivava a prática de crimes contra os poderes constitucionais do Brasil.
Origem da Operação Defesa
A investigação teve início após o bloqueio da rodovia BR-163, no Pará, em frente ao 8º Batalhão de Engenharia de Construção (8º BEC), do Exército. Esse bloqueio foi resultado da insatisfação de manifestantes com a eleição de 2022, que teve como vencedor Luiz Inácio Lula da Silva diante de Jair Bolsonaro.
Durante a investigação, a PF identificou um grupo organizado entre os manifestantes. Esse grupo tinha uma clara divisão de tarefas para financiar, executar e promover ideias que questionavam a legitimidade das eleições.
Quem são os Alvos da Operação Defesa?
A operação “Defesa” mirou principalmente empresários e influenciadores digitais. Esses indivíduos teriam usado suas plataformas online para propagar mensagens de incitação ao crime e desordem pública. Segundo a PF, o grupo não apenas questionava os resultados das eleições, mas também incentivava ações extremas.
Descobriu-se que o grupo investigado trabalhava de maneira organizada. Havia uma distribuição específica de tarefas que envolviam financiamento, execução de bloqueios e promoção de ideias antidemocráticas.
- Financiadores: Empresários que forneciam os recursos necessários para as operações.
- Executores: Indivíduos responsáveis por fisicamente realizar os bloqueios e manifestações.
- Promotores: Influenciadores digitais que usavam suas plataformas para incitar as ações e espalhar desinformação.
Como a Operação Defesa Está Avançando?
Após o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, as investigações continuarão com a análise do material recolhido. A PF pretende usar essas provas para aprofundar o inquérito e identificar todos os envolvidos.
A PF espera que a análise do material recolhido forneça mais evidências sobre a estrutura e o funcionamento do grupo. As etapas seguintes envolvem:
- Análise detalhada dos documentos, dispositivos eletrônicos e demais materiais apreendidos.
- Identificação de outros possíveis membros e colaboradores da associação criminosa.
- Elaboração de relatórios para subsidiar futuras ações jurídicas contra os responsáveis.