Foto: Reprodução/TikTok.
Nos últimos anos, mais jovens têm explorado e compartilhado suas experiências sobre uma sexualidade pouco conhecida: a abrossexualidade. Em plataformas como o TikTok, uma onda de vídeos e relatos está explicando mais essa orientação dentro do universo LGBTQIA+.
A abrossexualidade se refere a uma orientação sexual onde a atração por diferentes gêneros pode variar com o tempo. Isso significa que uma pessoa abrossexual pode sentir atração por homens em um período de sua vida e por mulheres, sejam cis ou trans, em outro. Essa variação pode ocorrer de acordo com a fase da vida ou o humor do momento.
O termo abrossexualidade surgiu para descrever uma experiência de atração que não é fixa. Pessoas que se identificam como abrossexuais relatam sentir uma atração fluida, que muda conforme o tempo passa. Isso pode se refletir em relacionamentos com diferentes gêneros ao longo dos anos.
Na prática, essa fluidez é uma característica importante da abrossexualidade. Indivíduos podem se sentir atraídos por homens durante alguns anos e depois perceber que sua atração se volta para mulheres cis ou trans. Essa mudança não é um indicativo de confusão ou indecisão, mas sim uma “expressão legítima de sua orientação sexual”.
Muitas pessoas abrossexuais relatam que se sentiram incompreendidas antes de descobrirem o termo que define sua orientação. Descrevem suas experiências como uma parte essencial de sua personalidade que, muitas vezes, é difícil de explicar para os outros. A sensação de ser “tudo ao mesmo tempo” pode gerar confusão não apenas nos outros, mas também em si mesmos.
Relatos populares nas redes sociais revelam que a abrossexualidade proporciona uma nova forma de autoconhecimento e autoaceitação.
Redes sociais
Nas redes sociais, relatos de abrossexuais têm ganhado destaque e permitido que mais pessoas compartilhem suas histórias. Um exemplo marcante é a jornalista Emma Flin, que detalhou sua jornada até se descobrir abrossexual em um artigo para o jornal “Metro”. Após anos de incerteza, ela finalmente encontrou uma comunidade onde se sentia compreendida e aceita.
Emma relatou que levou 30 anos para entender sua sexualidade. Ela explicou que antes de se identificar como abrossexual, sentia-se como se estivesse à deriva. Foi somente em 2020, ao conhecer a influenciadora Zoe Stoller, que Emma teve seu “momento de lâmpada”, como descreveu. Finalmente, sentiu-se vista e compreendida.