Foto: Reprodução/Imagem ilustrativa.
Em uma reviravolta judicial controversa e dolorosa, uma jovem de 13 anos precisou enfrentar um longo trabalho de parto após ser autorizada a realizar um aborto de um bebê de 7 meses. O procedimento da assistolia fetal foi realizado no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia, em Minas Gerais, deixando a adolescente em um agonizante processo de 60 horas de indução de parto.
A notícia chocante coloca em discussão as políticas e decisões judiciais em casos de abortos tardios no Brasil. O pai da jovem agora luta na justiça pelo direito de sepultar o corpo do bebê, enquanto a família enfrenta um processo de recuperação física e emocional intenso.
O procedimento da assistolia fetal e suas implicações
O procedimento que cessou os batimentos cardíacos do feto, chamado de assistolia fetal, ocorreu na última terça-feira (30) no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia. Após esse procedimento, a adolescente foi levada para o Hospital Estadual da Mulher (HEMU), em Goiânia, para iniciar a indução do parto.
Durante mais de 60 horas, a jovem recebeu medicamentos para induzir o parto vaginal e suportou um processo doloroso e prolongado. De acordo com fontes próximas à família, a adolescente relatou dores intensas durante a madrugada de quarta para quinta-feira, culminando na expulsão do feto na manhã de sexta-feira (2).
O papel das instituições de saúde e a polêmica judicial
Os hospitais de Uberlândia e Goiânia se recusaram a fornecer informações detalhadas sobre os procedimentos e o estado de saúde da jovem, citando políticas de privacidade. No entanto, sabe-se que a adolescente recebeu alta no sábado (3) e está em recuperação em sua residência no interior de Goiás.
A decisão de realizar a assistolia fetal e a indução de parto gerou controvérsia. A família, especialmente o pai da jovem, tinha esperanças de salvar o bebê ao solicitar a retirada mais tardia da criança, entre a 28ª e 30ª semanas de gestação, quando as chances de sobrevivência são mais altas.
Como a situação evoluiu para a assistolia fetal?
No início da gestação, a jovem demonstrava felicidade e compartilhava seu progresso nas redes sociais. No entanto, a relação com o pai da criança, um rapaz de 24 anos, foi judicialmente considerada como “estupro presumido”, devido à idade da menina, que na época tinha apenas 13 anos.
A partir daí, iniciou-se uma série de pressões de ativistas pró-aborto e de instituições como o Conselho Tutelar, a Defensoria Pública, e o Ministério Público. A decisão judicial permitiu o aborto após um parecer médico que foi posteriormente classificado como enganoso. A jovem optou por realizar a assistolia fetal, interrompendo os batimentos cardíacos do bebê Vinícius Eduardo.
Futuro da família e a luta judicial
O pai da adolescente continua sua batalha na justiça para conseguir autorização para sepultar o corpo do bebê. Um pedido de Habeas Corpus foi protocolado no Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) em busca dessa permissão, após uma decisão negativa em primeira instância.
Este caso levanta inúmeras questões sobre a legalidade, ética e procedimentos envolvendo abortos tardios no Brasil. A história da jovem e sua família traz à tona a complexidade das decisões judiciais e o impacto emocional e físico que elas podem acarretar.
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