No início desta semana, a Petrobras divulgou um anúncio significativo que afetará muitos brasileiros: o preço da gasolina e do gás de cozinha sofrerão aumentos nas refinarias a partir de terça-feira, 9 de julho de 2024. Este marco representa o primeiro reajuste de preços de combustíveis desde a posse da nova CEO da estatal, Magda Chambriard, em maio deste ano.
Conforme informado pela Petrobras, o preço da gasolina sofrerá um acréscimo de R$ 0,20 por litro, elevando o preço de R$ 2,81 para R$ 3,01. Este aumento segue-se a uma estabilidade desde outubro do ano anterior, quando a empresa havia reduzido o valor em R$ 0,12 por litro. Por outro lado, o GLP, conhecido como gás de cozinha, também verá um aumento de R$ 3,10, ajustando o preço de um botijão de 13 kg para R$ 34,70.
A decisão de elevar os preços ocorre em um contexto de desequilíbrio gerado pela alta do dólar em 2024, intensificando a defasagem dos preços praticados pela Petrobras em comparação ao mercado internacional. Tal descompasso acarreta tanto perdas financeiras significativas para a estatal quanto desafios para os participantes do mercado privado.
Quais são os fatores que influenciam o preço dos combustíveis?
Apesar da nova abordagem adotada pela Petrobras, que prioriza mais os custos internos do que a paridade de importação, o preço do petróleo e as taxas de câmbio continuam sendo variáveis impactantes. Estima-se que 25% do diesel e 15% da gasolina consumidos no Brasil sejam adquiridos no exterior, o que ainda vincula esses insumos aos preços globais. Consequentemente, a Petrobras é forçada a ampliar suas importações para atender à demanda nacional, o que adiciona custos adicionais para a companhia.
Como os consumidores são afetados pelos reajustes de combustíveis?
Os consumidores sentirão o efeito desses reajustes no dia a dia. Com o aumento dos preços nas refinarias, é previsível que os valores se reflitam nos postos de combustíveis, impactando diretamente no orçamento familiar. Aumentos nos custos de transporte podem levar também à elevação dos preços de produtos e serviços, uma vez que o transporte é um componente fundamental na cadeia de distribuição de quase todos os produtos consumidos.
Em resumo, apesar de necessários do ponto de vista da sustentabilidade financeira da Petrobras, os reajustes causam uma onda de impactos que afeta desde a operação de refinarias e importadores privados até o bolso do consumidor final.