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A busca por diagnósticos mais rápidos e eficientes no que diz respeito ao diabetes teve um avanço significativo. Recentemente, especialistas apontam que a realização do teste de tolerância à glicose após apenas uma hora pode ser mais eficaz do que o método tradicional de duas horas. Este novo procedimento não só economiza tempo como também é capaz de identificar o pré-diabetes e o diabetes em estágios iniciais com maior precisão.
Segundo a endocrinologista Melanie Rodacki, o teste desenvolvido para ser mais breve mostra-se vantajoso tanto para os pacientes quanto para os laboratórios. “Reduzir pela metade o tempo espera para a coleta final do exame certamente traz menos desgaste para o paciente e otimiza os recursos dos laboratórios”, comenta Melanie.
Como Funciona o Novo Teste de Tolerância à Glicose?
O teste de tolerância à glicose é amplamente utilizado para detectar diabetes tipo 2 e pré-diabetes. Tradicionalmente, este teste exige que o paciente ingira uma solução de glicose e tenha sua amostra de sangue coletada duas vezes: uma inicialmente em jejum e outra duas horas após a ingestão da solução. No entanto, o novo método propõe uma segunda coleta já após uma hora.
Por Que a Mudança do Teste para Uma Hora é Importante?
A alteração na metodologia permite a detecção precoce da alteração dos níveis de glicemia que, segundo Rodacki, poderiam passar despercebidos nas análises realizadas depois de duas horas. “Em casos de aumento significativo da glicemia na primeira hora, podemos identificar riscos de diabetes que não seriam evidenciados com o método tradicional”, explica a especialista.
Quais são as Vantagens Deste Novo Método?
- Economia de tempo: O paciente não precisa ficar tanto tempo no laboratório.
- Detecção precoce: Aumenta a possibilidade de detectar diabetes em fase inicial, possibilitando um tratamento mais eficaz.
- Redução de Custos: Menos tempo de uso de espaço e funcionários no laboratório pode resultar em diminuição de custos operacionais.
O teste de uma hora já está sendo adotado por recomendação de novas diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes, mas é importante ressaltar que não é aplicável a todos os pacientes indiscriminadamente. Melanie Rodacki alerta que, para pessoas sem sintomas ou sem fatores de risco evidentes, o teste tradicional ainda se faz necessário.
A intenção não é gerar alarme desnecessário entre a população, mas sim, permitir uma atuação mais ágil e dirigida no controle e possível prevenção da diabetes. Com a adoção dessa nova prática, espera-se que haja uma melhora significativa na qualidade de vida dos pacientes, reduzindo riscos de complicações sérias de saúde associadas à doença, como problemas cardiovasculares, amputação de membros ou cegueira.
Assim, a mudança não só representa um avanço tecnológico e metodológico no diagnóstico do diabetes, mas também destaca a importância da inovação constante na medicina para responder às necessidades dos pacientes com maior precisão e eficácia.