Na manhã desta segunda-feira (8/7), a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro deflagrou uma grande operação com o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada em ataques cibernéticos contra agências do Banco do Brasil.
Segundo a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), o grupo criminoso era conhecido por instalar dispositivos em cabos de dados das agências visando realizar transferências fraudulentas de contas de correntistas aleatórios. Além disso, houve relatos de funcionários e prestadores de serviço que foram cooptados pelos criminosos para fornecer acesso aos sistemas internos do banco.
Como Funcionava o Esquema de Hackeamento?
Os líderes da associação criminosa, identificados ao longo das investigações, eram os principais responsáveis pelo aliciamento, oferecendo até R$ 100 mil por credenciais de acesso. Após obter esses dados, os hackers manipulavam informações sensíveis dos clientes, como biometria e documentos, facilitando a realização de saques e outras transferências ilícitas.
Quais Medidas o Banco do Brasil Tem Tomado?
Em resposta aos ataques, o Banco do Brasil tem intensificado o monitoramento e ações de bloqueio para prevenir novas incidências. A instituição também confirmou que está colaborando ativamente com as autoridades na investigação. Todos os processos envolvendo funcionários suspeitos seguem em caráter sigiloso e sob análises disciplinares rigorosas.
Impacto da Operação de Hoje
A operação desta segunda-feira resultou em seis mandados de prisão temporária e quinze de busca e apreensão. A ação mira desmantelar de vez o núcleo operacional que, segundo estimativas, já causou prejuízos na ordem de R$ 40 milhões em todo território nacional.
Segundo a DRF, a complexidade do esquema mostra que a associação criminosa é altamente organizada e opera em várias células, o que exige uma abordagem sofisticada e coordenada das forças de segurança. As operações seguem em andamento e novos desenvolvimentos são esperados.
“Essas ações ressaltam a importância da colaboração interinstitucional e da integração entre os setores de segurança e bancário para combater o crime organizado no ambiente digital”, afirmou um porta-voz da Polícia Civil.