Foto: Reprodução/ TV Globo.
Na manhã deste domingo (14), o renomado jornalista e político Sérgio Cabral foi notícia após sua morte no Rio de Janeiro, onde estava hospitalizado devido ao Mal de Alzheimer. Conhecido por sua paixão pelas manifestações culturais do Rio, Cabral deixou um legado que transcende gerações. Em uma declaração emocionada nas redes sociais, o ex-governador pediu orações pela alma de Cabral “pelo tudo que ele fez no Rio de Janeiro e no Brasil, pela música e pelo futebol, pela família linda que ele construiu”.
Nascido no bairro de Cascadura, era torcedor fervoroso do Vasco da Gama, mas também uma figura icônica do samba, sendo um dos criadores do musical “Sassaricando – E o Rio inventou a marchinha”. Sérgio se destacou no cenário jornalístico e político, tendo uma atuação marcante como vereador no Rio e como membro do Tribunal de Contas do Município. Sua contribuição para a cultura brasileira é inestimável, com um acervo doado ao Museu da Imagem e do Som.
Contribuição de Sérgio Cabral para o jornalismo e a cultura no Rio
Sérgio Cabral começou sua carreira jornalística no Diário da Noite aos 20 anos, cobrindo principalmente áreas relacionadas à música e ao carnaval no Jornal do Brasil. Ele foi um dos fundadores do “O Pasquim”, um jornal que desafiou a censura durante a ditadura militar, enfrentando prisões por sua atividade no jornal. Cabral se definiu como um torcedor da Portela, mas tinha amor pela Mangueira, Salgueiro e Império Serrano, e também comentava os desfiles de escola de samba nos anos 80.
Como Sérgio Cabral influenciou a política carioca
Além de jornalista, Sérgio teve uma carreira política notória, servindo como vereador do Rio de Janeiro de 1983 a 1993. Posteriormente, foi conselheiro do Tribunal de Contas do Município até sua aposentadoria em 2007. Sua influência estendeu-se por mais de duas décadas, período no qual trabalhou intensamente para o desenvolvimento cultural e social da cidade.
A paixão de Sérgio Cabral pela música e sua coleção inestimável
Como autor, Sérgio Cabral escreveu cerca de 20 livros, incluindo biografias de grandes nomes da música brasileira como Tom Jobim, Pixinguinha e Eliseth Cardoso. Ele deixou uma notável coleção de mais de 60 mil itens entre partituras e documentos, refletindo seu profundo envolvimento com a música brasileira. Esta vasta coleção foi generosamente doada ao Museu da Imagem e do Som, garantindo que futuras gerações possam apreciar e estudar a rica história da música nacional.
Até o momento desta publicação, ainda não foram divulgadas informações sobre o velório e enterro de Sérgio Cabral, que deixa sua esposa e três filhos. Sua morte marca o fim de uma era de intenso envolvimento e amor pelas tradições do Rio de Janeiro e deixa um vazio no coração de todos aqueles que o conheceram ou foram tocados por seu trabalho e paixão.