Na última sexta-feira, uma notícia importante veio à tona envolvendo a situação política na Venezuela. Argentina, Costa Rica, Guatemala, Paraguai e Uruguai, em uma ação conjunta, emitiram um pedido ao governo venezuelano liderado por Nicolás Maduro. A exigência era clara: o fim imediato do assédio, da perseguição e repressão contra os opositores políticos presentes no país.
A solicitação incluiu também um apelo para a libertação de todos os presos políticos e a emissão de salvos-condutos para membros da campanha opositora que se refugiam na embaixada da Argentina em Caracas desde abril. Este ato dos cinco países reflete um crescente descontentamento internacional com as práticas governamentais de Maduro, especialmente em um ano eleitoral vital para a região.
“Exigimos o fim imediato do assédio e da perseguição e repressão contra ativistas políticos e sociais da oposição, bem como a libertação de todos os presos políticos”, pediram os governos dessas cinco nações, em comunicado conjunto.
O grupo de países latino-americanos se mostrou profundamente preocupado com os próximos passos da Venezuela, principalmente com as eleições presidenciais marcadas para 28 de julho. A disputa será entre Nicolás Maduro e Edmundo González Urrutia, representando a oposição, com o apoio de María Corina Machado, uma candidata anteriormente favorita nas pesquisas, mas inabilitada recentemente.
As eleições venezuelanas se tornaram motivo de grande tensão e debate. Com várias acusações de tentativas de sabotagem por parte de líderes estrangeiros, como as feitas por Maduro contra o presidente argentino Javier Milei, o ambiente está cada vez mais carregado. Milei, através de seu porta-voz Manuel Adorni, respondeu prontamente, desqualificando as acusações e reiterando sua preocupação com a falta de democracia na Venezuela.
Além do embate eleitoral, a oposição venezuelana tem enfrentado problemas sérios de repressão. María Corina Machado, uma liderança influente da oposição, denunciou recentemente a prisão do seu chefe de segurança. Esta é apenas uma das várias detenções que ocorreram nos últimos dias, afetando diretamente sua equipe e apoiadores, o que tem intensificado as críticas ao atual regime.
Este cenário complexo na Venezuela demonstra a dificuldade de transição para um governo que respeite mais amplamente os direitos humanos e políticos. É esperado que a comunidade internacional continue a observar de perto, intervindo quando necessário, para assegurar que a democracia no país não seja apenas uma promessa, mas uma realidade efetiva.