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O ex-médico Lauro Estevão Vaz Curvo está sendo acusado de um crime chocante: atear fogo na maca onde sua mãe, Zely Alves Curvo, de 94 anos, estava deitada. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) concluiu que o incêndio no Residencial Monet, em Águas Claras, foi intencional e provocado por Lauro. Este caso levantou muitas questões sobre violência doméstica e cuidados com idosos.
As investigações periciais descartaram outras causas, como acidentes elétricos ou causas naturais, confirmando que o fogo começou no móvel onde a idosa estava deitada. Essa trágica situação ocorreu no momento em que Zely estava imobilizada devido a um AVC que sofrera em janeiro de 2024.
Incêndio criminoso em Águas Claras
Na noite do incidente, Lauro saiu do apartamento no exato momento em que as chamas começaram a se espalhar. Ele morava sozinho com a mãe, que dependia de cuidados constantes. O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) chegou rapidamente ao local, mas encontraram o corpo da idosa carbonizado.
O CBMDF conseguiu conter rapidamente as chamas, limitando o incêndio ao quarto. No entanto, a perda de Zely provocou uma comoção na comunidade local e entre os familiares, gerando uma investigação detalhada para entender como o fogo foi iniciado.
Acusação
Lauro Estevão Vaz Curvo, que foi preso temporariamente em 14 de junho de 2024, teve a prisão preventiva solicitada e foi indiciado por feminicídio triplamente qualificado e fraude processual. Segundo parentes e testemunhas, Lauro isolou a mãe da família, trocando seu número de celular e desativando o telefone fixo.
Testemunhas e familiares relataram ainda que ele deixava a mãe sozinha por longos períodos e não arcava com os custos de cuidadores, utilizando os recursos financeiros dela para despesas pessoais. Esses relatos foram fundamentais para a conclusão da PCDF de que o incêndio foi provocado intencionalmente.
Reação da comunidade
Este caso tem repercutido fortemente na comunidade de Águas Claras e entre os familiáres de Zely Alves Curvo. A notícia de que o incêndio foi causado intencionalmente pelo próprio filho gerou indignação e pedidos de justiça. O feminicídio de uma idosa, especialmente numa situação de vulnerabilidade, levanta questões importantes sobre proteção e cuidados com idosos.
Autoridades e organizações de direitos humanos têm utilizado este caso como um exemplo da necessidade de políticas mais robustas de proteção a idosos e medidas contra a violência doméstica. A comunidade continua a acompanhar de perto o desenrolar do caso, esperando por justiça.
Repercussões
Lauro poderá enfrentar penas de 12 a 30 anos de prisão se condenado pelos crimes de que é acusado. A acusação de feminicídio triplamente qualificado enfatiza a gravidade do crime. A fraude processual adiciona uma dimensão extra ao caso, sugerindo tentativas de ocultação ou distorção dos fatos.
As autoridades estão empenhadas em garantir que a justiça seja feita. A prisão preventiva de Lauro indica que há fortes evidências contra ele e que as investigações estão em andamento para assegurar um julgamento justo e transparente.
Este caso serve como um triste lembrete da importância dos cuidados com idosos e da necessidade de proteção legal robusta para os membros vulneráveis da sociedade. O desfecho do julgamento de Lauro Estevão Vaz Curvo será acompanhado de perto pela comunidade e por autoridades.