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Não é um filme de terror, mas as prateleiras dos mercados estão assustando os consumidores. O motivo? Os preços do azeite de oliva dispararam e, por isso, os brasileiros questionam os motivos disso.
As marcas brasileiras, como Al-Zait, Estância das Oliveiras, Prosperato e Sabiá, chegam a R$ 500 por litro. O azeite italiano, como o Orcio Arcobaleno, alcança R$ 1.200. Até marcas concorrentes, como Sabatino Tartufi, mantêm o valor de R$ 500 por litro.
Preços do Azeite de Oliva em Ascensão
O mercado de azeite de oliva enfrenta uma escalada de preços sem precedentes. Essa alta é resultado direto da queda na produção global, que, por sua vez, não consegue atender à demanda crescente.
Em especial, a produção de azeite na Europa, responsável por 70% da oferta mundial, tem enfrentado desafios climáticos que afetam a quantidade e a qualidade do azeite.
A safra de 2024/25 começará em outubro, mas as estimativas apontam para uma produção 20% abaixo da média da última década. Nesse contexto, a Espanha, principal produtora, juntamente com Itália, Portugal e Grécia, não tem conseguido recuperar o ritmo de produção, mantendo os preços elevados.
Como as Mudanças Climáticas Afetam a Produção de Azeite de Oliva?
A produção global tem sido afetada por condições meteorológicas extremas, como ondas de calor prolongadas e secas severas. Além disso, incêndios florestais e inundações após chuvas intensas agravam ainda mais a situação, tornando assim a produção de alimentos cada vez mais difícil e cara.
Essas condições climáticas extremas resultam em uma floração precoce das oliveiras, comprometendo a qualidade e a quantidade das azeitonas. Em casos de secas extremas, as árvores podem até mesmo não produzir frutos.
A produção mundial de azeite de oliva foi um terço menor na safra de 2022/23 em comparação com a anterior. Com a colheita da nova safra marcada para outubro, os estoques continuam baixos, mantendo os preços elevados.
Os especialistas apontam que, mesmo que a produção global exceda as expectativas, isso não será suficiente para reduzir os preços no mercado.
Projeções para a Próxima Safra de Oliveiras
A previsão para a safra 2023/24 era de 2,407 milhões de toneladas, mas foi revisada para 2,490 milhões. Apesar desse ajuste, a produção continua aquém da média da última década, que era de 3,065 milhões de toneladas.
A produção de azeite deve permanecer pressionada nos próximos anos devido às condições climáticas extremas. Os analistas de mercado preveem que essa dinâmica resultará em preços mais altos, especialmente para azeites virgem extra de alta qualidade.
Por Que os Preços do Azeite de Oliva Estão Tão Altos?
A elevação dos preços do azeite de oliva é um reflexo direto da combinação de fatores climáticos adversos e a crescente demanda global. A Europa, detentora de 70% da produção mundial, não consegue produzir o suficiente para atender a essa demanda.
A receita básica de qualquer mercadoria segue a lei da oferta e da demanda: quanto mais escassa uma mercadoria, mais caro ela se torna. Portanto, enquanto a produção não voltar a níveis satisfatórios, é provável que os consumidores continuem a pagar preços elevados pelo azeite de oliva.
É importante destacar que, além dos problemas climáticos, os custos de produção também têm aumentado, resultando em preços mais altos nas prateleiras. Com a instabilidade do clima e fatores econômicos, resta aos consumidores buscar alternativas ou ajustar seu orçamento para continuar a consumir azeite de oliva.
Com esses desafios apresentados, a realidade do azeite de oliva nos mercados brasileiros parece permanecer complicada. Consumidores esperam por melhorias, mas os especialistas continuam cautelosos em relação às previsões para os próximos anos.