Na segunda-feira (1), as autoridades israelenses libertaram 54 palestinos que estavam detidos durante a guerra, segundo informações das autoridades da fronteira palestina. Entre os libertados estava Mohammad Abu Selmeah, diretor do Hospital Al Shifa, que havia sido preso pelas forças militares quando estas invadiram as instalações médicas em novembro.
Israel alegou que o Hamas estava utilizando o hospital para fins militares. Os militares divulgaram imagens de circuito interno de TV do hospital, datadas de 7 de outubro, que mostravam homens armados e reféns no local. Além disso, levaram jornalistas a um túnel encontrado no complexo.
Por sua vez, o Hamas negou repetidamente a utilização de hospitais para fins militares. Abu Selmeyah, em entrevista coletiva no Hospital Al-Aqsa, em Khan Younis, rejeitou as acusações nesta segunda-feira.
“Fomos submetidos a torturas severas e meu dedo mínimo foi quebrado. Fui repetidamente submetido a pancadas na cabeça, causando sangramento diversas vezes”, disse Abu Selmeah em entrevista coletiva no Hospital Al-Aqsa, em Khan Younis.
Até o momento, os militares israelenses não se pronunciaram sobre as observações feitas por Abu Selmeah.