Na manhã desta quarta-feira (24), a Polícia Civil de Goiás prendeu a médica Claudia após rapto de uma recém-nascida no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), em Minas Gerais. A prisão ocorreu em Itumbiara, no sul de Goiás. De acordo com o delegado Ricardo Chueire, a criança foi resgatada e passa bem.
Segundo relatos, a mulher se apresentou como pediatra, entrou na maternidade da UFU e levou a bebê que havia nascido há apenas três horas. As investigações revelaram que Claudia usou um disfarce de profissional de saúde com crachá da universidade para realizar o crime.
Quem é a médica Claudia?
Claudia tem um impressionante currículo acadêmico. Formada em Medicina pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) em 2004, concluiu sua residência em Clínica Médica pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) em 2007. Claudia também concluiu uma residência em Neurologia na UFTM em 2011.
Atualmente, é professora na UFU e na Universidade Estadual de Goiás (UEG) desde janeiro de 2019. Ela também está cursando doutorado em Ciências da Saúde na UFU, além de ser mestre pela Universidade Federal de Goiás (UFG).
Como foi o rapto da bebê no hospital?
De acordo com a Polícia Militar, Claudia se passou por pediatra para entrar na maternidade. Ela conversou com o pai, Édson Ferreira, e examinou a mãe do bebê alegando que iria levar a criança para ser alimentada. Minutos depois, a recém-nascida ainda não havia retornado, levando ao alerta dos pais e acionamento das autoridades.
Segundo as investigações, Claudia saiu do hospital com a bebê dentro de uma mochila e fugiu em um carro vermelho. Todo o ato foi registrado pelas câmeras de segurança do hospital, evidenciando o planejamento envolvido no crime.
Quais as medidas tomadas pelo hospital?
O Hospital de Clínicas da UFU emitiu uma nota informando que acionou a Polícia Militar de Uberlândia logo após o ocorrido. As imagens das câmeras de segurança foram disponibilizadas para as investigações, que resultaram na identificação e prisão de Claudia em Itumbiara, GO.
Além disso, o hospital iniciou uma apuração interna para verificar todas as circunstâncias que possibilitaram o crime e está colaborando plenamente com as autoridades para elucidar o caso.
Qual foi a reação da família da bebê?
O pai, Édson Ferreira, relatou a experiência traumática que a família passou. “Ela era muito bem articulada. Entrou, mexeu nos peitos da minha esposa para ver se tinha leite. Disse que era pediatra e que ia levar a bebê para se alimentar. Minutos depois, eu vi que a minha menina não voltava, e aí percebemos que ela tinha sido levada”, disse Édson.
A família está aliviada pela recuperação da bebê e agradece o rápido trabalho das autoridades para garantir a segurança da criança.
Este incidente alarmante sublinha a importância de medidas de segurança mais rigorosas em hospitais para proteger os pacientes mais vulneráveis. As investigações continuam, e a expectativa é que todos os envolvidos sejam devidamente responsabilizados.