foto: ABr
Uma jovem de 22 anos precisou passar por uma cirurgia de reconstrução do canal vaginal após ser brutalmente agredida pelo ex-namorado, um DJ de 36 anos. O caso chocante foi revelado pela delegada Marina Prado, da Delegacia de Mulheres de Belo Horizonte, em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, 31 de janeiro de 2024.
Segundo a delegada, o suspeito nega as acusações de estupro e alega que houve apenas uma troca de agressões mútuas por meio de tapas. Contudo, ele não conseguiu explicar como a ex-namorada sofreu lesões tão graves, que a levaram a precisar da cirurgia. Além disso, o DJ foi preso em flagrante com três facas em seu carro, sem apresentar justificativa viável para a situação.
DJ Envolvido em Casos de Violência Contra Outras Namoradas
A jovem, de acordo com relatos à polícia, foi agredida após afirmar que não queria ter um filho com o DJ. Isso teria desencadeado a fúria do agressor, que teria dito que, se não fosse ter um filho dele, não seria de mais ninguém. A violência de gênero é clara nesse caso, não apenas pela brutalidade do ato, mas também pela intenção de controle sobre o corpo da mulher.
Infelizmente, esta não é a primeira vez que o DJ é acusado de violência. Ele já teria ameaçado outras namoradas anteriormente, demonstrando um padrão de comportamento abusivo e perigoso. A delegada Prado destacou a necessidade de medidas protetivas e de uma rede de apoio para a vítima, que já foi acionada para oferecer suporte.
Por que o DJ Pode Ser Indiciado por Tentativa de Feminicídio?
Inicialmente, o caso estava sendo investigado como estupro. No entanto, devido à gravidade das lesões, a delegada Prado afirmou que o DJ pode ser indiciado por tentativa de feminicídio. A possível majorada do crime pode ocorrer porque a filha de 3 anos da vítima estava presente na casa durante o ataque.
O suspeito foi encaminhado ao presídio de Ribeirão das Neves, onde há um setor específico para pessoas que praticam crimes contra a dignidade sexual. As investigações continuam para definir todos os crimes pelos quais ele será indiciado.
Como Ajudar Vítimas de Violência Doméstica?
Casos como este mostram a importância de se discutir e combater a violência de gênero. Existem diversas formas de apoiar vítimas de violência doméstica, incluindo:
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- Medidas Protetivas: A solicitação de medidas protetivas é um passo crucial para garantir a segurança da vítima.
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- Redes de Apoio: Buscar ajuda em redes de apoio especializadas em violência doméstica pode fornecer suporte psicológico e jurídico.
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- Denúncia: Incentivar a denúncia de agressões, para que os agressores sejam responsabilizados por seus atos.
A jovem, que segue internada no Hospital Risoleta Neves, receberá todo o apoio necessário do Estado. A delegada Prado reforçou que a vítima terá assistência contínua e todas as medidas protetivas cabíveis.
Entenda os Detalhes do Caso
O DJ foi preso na terça-feira, 30 de janeiro de 2024, sob suspeita de estuprar a ex-namorada em sua residência no bairro Jardim Felicidade, na região Norte de Belo Horizonte. Segundo a polícia, o homem já havia invadido a casa da vítima em outras ocasiões, insistindo para ter relações sexuais.
Nesta última invasão, o agressor ficou furioso ao ser rejeitado, resultando em socos, mordidas e agressões graves. A jovem ameaçou chamar a polícia e pedir medidas protetivas, mas foi brutalmente atacada pelo ex-companheiro, que tentou “arrancar o útero dela” com as mãos.
O Que Fazer em Casos de Violência Doméstica?
Se você ou alguém que você conhece está passando por uma situação de violência doméstica, é fundamental buscar ajuda. Aqui estão alguns passos essenciais:
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- Procure Ajuda Profissional: Psicólogos e assistentes sociais podem fornecer suporte emocional e orientação.
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- Entre em Contato com a Polícia: Denunciar a agressão é crucial para que medidas legais sejam tomadas.
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- Use Serviços de Proteção: Existem serviços e organizações não governamentais que oferecem abrigos e proteção para vítimas.
Casos como este mostram a importância de políticas públicas e de redes de apoio fortes para combater a violência de gênero. Acreditamos e lutamos por um mundo onde todas as mulheres possam viver livres de medo e violência.
Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.
Formado em jornalismo pela PUC Minas, foi produtor do Itatiaia Patrulha e hoje é repórter policial e de cidades na Itatiaia. Também passou pelo caderno de política e economia do Jornal Estado de Minas.
Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.