O ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, utilizou suas redes sociais para expressar uma opinião contundente sobre o processo eleitoral na Venezuela. Em uma publicação recente, Bolsonaro fez uma série de críticas à situação democrática venezuelana, além de destacar a relação estreita entre Nicolás Maduro e o atual governo brasileiro.
Segundo Bolsonaro, a população venezuelana enfrenta um cenário de opressão e falta de liberdade, com intervenções diretas por parte do governo Maduro. Essa declaração vem a público justamente na véspera da eleição, que ocorrerá no domingo, 28 de julho, de acordo com o ex-presidente.
Em sua mensagem, Bolsonaro menciona não apenas a política interna da Venezuela, mas também como a dinâmica entre os dois países pode afetar os mecanismos de poder e a estabilidade da região sul-americana.
Por que as Eleições na Venezuela São Polêmicas?
De acordo com Bolsonaro, Hugo Chávez e Nicolás Maduro, com o suporte de organizações e figuras políticas internacionais, desarmaram a população venezuelana, enquanto simultaneamente armaram milícias conhecidas como “Coletivos”. O jornalista Leonardo Coutinho, menciona Bolsonaro, revela em sua biografia sobre Chávez como essas milícias foram equipadas com milhares de fuzis AK-47.
Essa prática, sugere Bolsonaro, serve para intimidar os eleitores. Ele afirma que as milícias venezuelanas costumam bater à porta dos cidadãos, conduzindo-os até as seções eleitorais, onde, muitas vezes, há um cabo visível ligado às urnas eletrônicas, manipuladas por mesários escolhidos pelo governo.
A violação do voto secreto também é um ponto de preocupação. Bolsonaro informa que, na Venezuela, os eleitores devem utilizar uma caderneta conhecida como “Tarjeta de La Pátria”. Sem essa caderneta, que se assemelha ao Bolsa-Família do Brasil, os venezuelanos não têm acesso a cestas básicas, forçando-os a votar em Maduro.
Quais as Implicações Regionais das Eleições na Venezuela?
Influência Internacional e Potenciais Conflitos
Além das questões internas, Bolsonaro destaca que a Venezuela tem forças de diversos países atuando em seu território, incluindo China, Rússia, Cuba, e até grupos como FARC e ELN. A presença destes atores externos, diz Bolsonaro, complica ainda mais a situação política e humanitária no país.
Ele também adverte que uma potencial invasão da Venezuela na Guiana poderia perpetuar o poder de Maduro indefinidamente. Tal conflito teria implicações globais, envolvendo diretamente Rússia, China, Estados Unidos, além de Cuba, Irã, e possivelmente o Brasil.
Qual Seria a Posição do Brasil?
No cenário de conflito, Bolsonaro questiona qual seria a postura do governo brasileiro, já que o atual presidente, Lula, é descrito como um aliado próximo de Maduro. Bolsonaro sugere que essa amizade poderia influenciar a resposta do Brasil em caso de tensão militar ou diplomática.
Observadores Internacionais e Reconhecimento Eleitoral
Um ponto crítico levantado por Bolsonaro é a legitimidade das eleições na Venezuela. Ele ironiza a ausência de observadores internacionais convidados pela oposição, salientando que apenas o diplomata brasileiro Celso Amorim estará presente. Na visão de Bolsonaro, isso exemplifica a narrativa de uma “lisura” forçada do processo eleitoral, que ele enxerga como injusto.
Bolsonaro conclui seu posicionamento enfatizando a situação precária do povo venezuelano. Apesar da Venezuela possuir uma das maiores reservas de petróleo do mundo, seus cidadãos vivem em condições semelhantes aos haitianos, segundo descreve Bolsonaro.
Como os Brasileiros Estão Respondendo?
Ao final de sua crítica, Bolsonaro faz uma comparação entre a situação econômica do Brasil e da Venezuela. Ele alerta que o Brasil também vive um período de empobrecimento devido a políticas econômicas desastrosas e uma reforma tributária que ele considera prejudicial.
Bolsonaro sugere que os brasileiros podem acabar com uma “Tarjeta de La Pátria” semelhante à venezuelana se políticas semelhantes continuarem a ser implementadas, fazendo um apelo à conscientização e mobilização da população brasileira.
Para aqueles que querem apoiar o seu ponto de vista, Bolsonaro convida os seguidores a adquirir livros ou tornarem-se assinantes de plataformas conservadoras, reiterando a importância de se manter informado sobre os “assuntos proibidos” no Brasil.
– Amanhã, domingo, 28 de julho.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) July 27, 2024
Eleições na Venezuela (VNZ):
1- A população da VNZ foi totalmente desarmada no governo Hugo Chávez/Maduro, com apoio de Lula e ONGs;
2- O jornalista Leonardo Coutinho, que escreveu a biografia de Chaves, revela que a VNZ recebeu e armou sua…