Foto: Reprodução/Aizar Raldes/AFP.
A integração da Bolívia ao Mercosul, que ocorreu oficialmente na última sexta-feira, marca um passo significativo para o país andino. Sob a promulgação de uma nova lei pelo presidente boliviano Luis Arce, a Bolívia agora participa ativamente do bloco econômico, que já inclui países como Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
Este movimento é visto como uma estratégia de fortalecer laços econômicos e culturais na região. A nova posição da Bolívia, segundo o presidente Arce, provavelmente estimulará o comércio e impulsionará o desenvolvimento econômico interno e as relações exteriores.
Qual a diferença entre membros plenos, associados ou observadores do Mercosul
A diferença entre membros plenos, membros associados e observadores no Mercosul está relacionada ao grau de integração e participação no bloco econômico. Os membros plenos, como Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, têm participação integral nas atividades do Mercosul, incluindo direito de voto e a obrigação de cumprir todos os acordos comerciais e regulamentos, além de adotar a Tarifa Externa Comum.
Membros associados, como Chile e Peru, participam das reuniões e discussões, mas não têm direito de voto nas decisões vinculantes e não estão sujeitos à Tarifa Externa Comum, beneficiando-se de acordos comerciais preferenciais com menos obrigações de harmonização de políticas.
Observadores, como México e Nova Zelândia, podem assistir às reuniões e acessar informações, mas não participam das decisões ou votações e não têm obrigações formais, mantendo um interesse estratégico no acompanhamento das atividades do Mercosul sem comprometer-se com a integração total ou parcial.
Qual a influência da inclusão da Bolívia no Mercosul?
A adesão da Bolívia ao Mercosul não é apenas um marco político, mas também uma grande promessa de alavancagem econômica. “Agora, como membros do quinto maior bloco econômico do mundo, temos grandes responsabilidades e oportunidades pela frente”, celebrava Arce via Twitter/X após a promulgação, referindo-se ao bloco como um “espaço de integração vital”.
O caminho da Bolívia até o Mercosul
O processo para se tornar membro efetivo do Mercosul foi longo e complexo para a Bolívia. Após a cúpula do Rio de Janeiro em dezembro passado, que marcou o início deste capítulo, foram necessários cuidadosos preparativos para alinhar os regulamentos bolivianos às exigências do bloco. O país já tinha um acordo de livre comércio com o Mercosul desde 1997, facilitando o processo, porém, a adaptação às novas normativas foi crucial para o avanço.
O que esperar do futuro da Bolívia no Mercosul?
Embora entusiástica, a entrada da Bolívia deixa no ar perguntas sobre sua capacidade de cumprir todas as regulamentações do bloco. É necessário um período de adaptação, como destaca Gary Rodríguez, do Instituto de Comércio Exterior da Bolívia, que menciona o desafio de aplicar cerca de 4,5 mil regras do Mercosul.
Países Membros do Mercosul
Membros Plenos
- Argentina
- Brasil
- Paraguai
- Uruguai
- Venezuela (suspensa desde dezembro de 2016)
- Bolívia
Membros Associados
- Chile
- Colômbia
- Equador
- Guiana
- Peru
- Suriname
Observadores
- México
- Nova Zelândia