Foto: Reprodução/Metrópoles.
Um alarmante incidente envolvendo um pitbull aconteceu no último sábado na cidade de Santos, no litoral paulista. Um menino de apenas 2 anos foi atacado violentamente pelo animal dentro de uma lanchonete de um supermercado. Nem mesmo a intervenção do pai e do avô da criança, que também acabaram feridos, foi capaz de evitar o infortúnio.
Jéssica Ramos, mãe do pequeno, relatou à imprensa que o ataque ocorreu enquanto se distraíam no estabelecimento. Segundo ela, o cão, que parecia perdido, estava sob a responsabilidade do supermercado no momento do incidente. Enquanto o pai da criança se dirigia ao balcão para pegar um refrigerante, o menino o seguiu e foi surpreendido pelo pitbull.
O que dizem as autoridades e testemunhas
O desespero tomou conta do ambiente quando o cachorro tentou avançar no pescoço do garoto. O avô, tentando proteger o neto, colocou-se à frente e foi mordido na barriga. Por pouco, não foi uma tragédia maior. Segundo relatos, os funcionários do local não agiram prontamente para conter o animal, o que agravou a situação.
Como o pitbull foi contido
Na tentativa de defender a família, o avô conseguiu afastar o cão usando carrinhos de compras. A rápida ação evitou que o animal causasse danos ainda mais severos. Após o incidente, a mãe prontamente levou o filho para a cozinha, longe do perigo, enquanto o avô mantinha o animal sob controle.
Desfecho para as vítimas
O trio ferido foi socorrido rapidamente pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados para a UPA Zona Noroeste. Felizmente, todos receberam alta e encontram-se em recuperação domiciliar. As lesões variaram desde uma costela fraturada, arranhões diversos até ferimentos nas mãos e no abdômen.
Em face ao ocorrido, o supermercado Atacadão divulgou uma nota onde expressa pesar pelo incidente e informa que prestou os primeiros socorros, além de manter contato constante com a família para oferecer o suporte necessário durante este momento difícil.
Ataques de cachorros no Brasil
Caso do Menino Atacado em Presidente Prudente (2022)
Em janeiro de 2022, um menino de sete anos foi atacado por um cão da raça pit bull em Presidente Prudente, São Paulo. De acordo com informações da Polícia Militar, a criança entrou no quintal, que possui várias residências, e foi atacado pelo cachorro. O animal mordeu as nádegas do garoto. Quando a equipe policial chegou, a vítima já havia conseguido sair do local e estava dentro de sua casa. O menino foi socorrido por uma unidade do Resgate do Corpo de Bombeiros e encaminhado ao Hospital Regional (HR) para receber atendimento médico.
Bombeiros e PM conseguiram capturar o cão da raça rottweiler em Presidente Prudente — Foto: Cedida
Caso da Mulher Atacada por Pit Bulls em Estrela d’Oeste (2024)
Em abril de 2024, uma mulher de 33 anos foi atacada por dois cães da raça pit bull, em Estrela d’Oeste (SP). Segundo a Polícia Militar, os cachorros são de um morador do bairro Cohab. Eles estavam soltos na rua quando atacaram a mulher, que saía de casa com a filha. A vítima foi derrubada pelos animais e foi mordida em diversas partes do corpo, ainda de acordo com a PM. Depois de um tempo, o tutor conseguiu controlar os cães e o ataque foi cessado. A vítima foi socorrida por um vizinho, encaminhada para a Santa Casa da cidade e recebeu alta no mesmo dia.
Mulher foi atacada por dois cães da raça pit bull, em Estrela d’Oeste (SP) — Foto: Arquivo pessoal
Caso do ataque dentro de escola em Piracicaba (2024)
Um cachorro pitbull invadiu uma escola e atacou uma criança de 7 anos na tarde do dia 06 de junho de 2024, em Piracicaba (SP). O caso aconteceu na Escola Municipal Prof. José Pousa de Toledo, localizada na Rua Castanheira, no Bosques do Lenheiro. Segundo apuração da EPTV, crianças estavam brincando na quadra poliesportiva da escola quando o cachorro realizou o ataque. De acordo com o Samu, a vítima é um menino que teve ferimentos leves. A criança foi atendida pelo Corpo de Bombeiros e foi encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Rezende. Profissionais da unidade informaram que o garoto não chegou a ser mordido pelo cão, mas teve algumas escoriações. Ele foi medicado e, por precaução, recebeu a vacina antirrábica e foi liberado no fim da tarde.
Esses casos destacam a necessidade de políticas públicas eficazes para garantir a segurança das pessoas em relação aos ataques de cães, especialmente de raças consideradas mais perigosas. A educação sobre posse responsável, a implementação de leis mais rígidas e o incentivo à adoção de medidas de segurança são essenciais para prevenir futuros ataques.