Janaína Xavier, uma respeitada jornalista e ex-apresentadora do SporTV, trouxe à luz importantes debates a respeito de beleza e diversidade na televisão. Após deixar o Grupo Globo em 2022, Janaína compartilhou insights significativos sobre as mudanças nas políticas de seleção de pessoal nas emissoras, afirmando que essas transformações tiveram um impacto direto em sua trajetória profissional.
Em uma entrevista reveladora, a jornalista discutiu como se sentiu deslocada em um ambiente que sempre considerou seu segundo lar. Ela abordou o desafio de enfrentar novos critérios de seleção que priorizavam perfis diferentes dos traços tradicionalmente valorizados pela mídia, enfatizando como foi rotulada como “muito bonita” para continuar em seu papel, o que suscitou várias questões sobre os padrões estéticos e profissionais na indústria.
Como a Percepção de Beleza Influencia as Oportunidades Profissionais?
No podcast “Benja Me Mucho”, de Benjamin Back, Janaína exemplificou claramente como, paradoxalmente, a beleza era vista mais como um obstáculo do que como uma vantagem. Ela mencionou a contratação de uma nova apresentadora, que possuía um perfil deliberadamente oposto ao dela, refletindo as diretrizes atualizadas de inclusão e diversidade da emissora.
A Evolução dos Padrões de Beleza na Mídia
A representatividade e a inclusão estão reconstruindo muitos setores da sociedade, e a mídia não é exceção. Janaína observou que, embora seja vital valorizar a diversidade, é crucial que as mudanças nos critérios de seleção estejam ancoradas em méritos genuínos e não se limitem a aspectos físicos ou demográficos. “Na busca por exibir diversidade, não se trata apenas de contratar uma mulher, mas de definir qual mulher se alinha ao perfil desejado pelos gestores”, ela explicou durante sua participação no podcast.
Meritocracia e Diversidade Podem Coexistir na Televisão?
A jornalista defende que a meritocracia, quando aplicada de forma justa, pode coexistir harmoniosamente com a diversidade. Janaína argumenta que encontrar um equilíbrio entre a competência técnica e a variedade de perfis é possível e necessário, promovendo a inclusão sem comprometer a qualificação profissional. Esta combinação pode valorizar igualmente as capacidades individuais e as características únicas de cada pessoa.