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Em meio aos corredores do Hospital Universitário de Brasília (HUB), a Unidade de Laboratório de Anatomia Patológica enfrenta uma situação alarmante. Mais de 450 exames estão acumulados, esperando análise e liberação – um processo essencial para o diagnóstico preciso de câncer em pacientes que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS). A razão por trás dessa demora se deve à característica crítica de escassez de profissionais especializados na área.
O HUB tem uma reputação notável por oferecer tratamento para diversas formas de câncer, uma responsabilidade que vem sendo comprometida frente à atual carência de médicos patologistas. Esses especialistas têm um papel fundamental na análise de biópsias, o que determina o curso de tratamento a seguir para combater a doença. Infelizmente, a deficiência na equipe médica está afetando severamente o andamento dos procedimentos diagnósticos.
Por que a falta de patologistas é crítica?
Após a coleta de amostras de tecido ou células de pacientes, como nas biópsias, esses materiais são levados à UAPAT do HUB. Ali, os pathologistas examinam as amostras e elaboram um laudo crucial para o tratamento subsequente. Porém, fontes internas revelam que a demora na liberação desses resultados já ultrapassa três meses, um desvio grave quando comparado ao prazo legal de 30 dias estabelecido para casos suspeitos de câncer.
Impacto do atraso nos resultados dos exames
O atraso na disponibilização dos resultados não apenas contraria a legislação, mas coloca em risco a vida dos pacientes, pois retarda o início de procedimentos de tratamento que podem ser decisivos. De acordo com relatos de funcionários, muitos dos afetados acabam falecendo devido à demora, um cenário desolador e inaceitável na luta contra o câncer.
Resposta institucional a essa defasagem
No intuito de mitigar essa crise, a EBSERH, gestora do HUB, recentemente convocou profissionais de concursos passados, adicionando apenas uma médica patologista ao time, que, no entanto, pediu exoneração após dois meses. Esse movimento não foi suficiente para normalizar a situação, deixando clara a necessidade de uma ação mais incisiva e imediata.
Enquanto enfrenta críticas e pedidos de uma solução rápida, a EBSERH afirma estar envidando todos os esforços para melhorar a eficácia dos serviços prestados. No começo deste mês, um concurso interno foi aberto para preencher o cargo de chefe da Unidade de Anatomia Patológica, uma medida que busca, entre outros objetivos, tornar a gestão mais transparente e alinhada com as necessidades da unidade.
- Ineficiência na gestão de recursos humanos;
- Impacto direto no atendimento a pacientes;
- Movimentos para melhoria dos processos;
Esse cenário ressalta a urgência de uma estratégia tangível e responsável para reverter a crise na Unidade de Anatomia Patológica. Médicos, pacientes e a administração precisam encontrar um meio efetivo para resolver esse impasse, garantindo que o direito ao tratamento digno de câncer seja algo acessível a todos os brasileiros que dependem do SUS.