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Durante uma visita aos Estados Unidos, Yoav Gallant afirma que, embora Tel Aviv não deseje guerra com o Hezbollah, as Forças Armadas de Israel têm capacidade para fazer o Líbano “voltar à Idade da Pedra” em uma eventual guerra contra o grupo. Ele fez essa declaração nesta quarta-feira (26).
Em conversa com repórteres, Gallant também mencionou que discutiu com autoridades americanas suas propostas para a governança da Faixa de Gaza após o conflito com o Hamas, que incluiriam a participação de palestinos, parceiros regionais e os EUA. Ele destacou que essa proposta seria “um processo longo e complexo”.
Além disso, o ministro tratou com Washington sobre o fornecimento militar dos EUA a Israel, uma questão que tem sido alvo de críticas devido aos avanços militares israelenses em Gaza e às tensões entre os governos de Joe Biden e Binyamin Netanyahu. Gallant afirmou que as reuniões resultaram em “progressos significativos” e que “obstáculos foram removidos e gargalos foram discutidos” no que diz respeito ao fornecimento de munição.
No domingo (23), Netanyahu criticou a Casa Branca e pediu aceleração na entrega de armas. Em uma reunião ministerial, ele expressou grande apreço pelo apoio do presidente Joe Biden e do governo dos EUA a Israel, mas destacou uma queda dramática no fornecimento de munições nos últimos quatro meses e solicitou que os americanos acelerassem as entregas.
Netanyahu justificou a divulgação de um vídeo na terça-feira (18), onde criticou a aparente lentidão de Washington em enviar mais armamentos e munições para Tel Aviv. Seus comentários causaram desentendimento com o governo Biden, que expressou “decepção profunda” com o líder israelense. A Casa Branca negou qualquer alteração no ritmo da entrega de equipamentos militares a Tel Aviv. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, afirmou na quinta-feira (20) que a ideia de que os EUA pararam de ajudar Israel em suas necessidades de autodefesa não é verdadeira.
Em maio, por exemplo, a Casa Branca suspendeu o envio de 3.500 bombas para Israel, ante a iminente invasão da cidade de Rafah, que agora está amplamente tomada pelo Exército israelense e era o último refúgio de centenas de milhares de deslocados internos pelo conflito na Faixa de Gaza.