Foto: Reprodução/Omar Vega/Getty Images.
Endrick garante vitória do Brasil sobre o México em partida marcada por erros defensivos e desafios na criação de jogadas
A seleção brasileira, com uma formação totalmente alternativa, enfrentou dificuldades de criação, mas conseguiu a vitória graças a um gol do ex-jogador do Palmeiras nos momentos finais da partida. As informações são do Terra.
Na noite de sábado, 8, o Brasil superou o México por 3 a 2 no Estádio Kyle Field, no Texas. O jogo, um dos últimos preparativos antes da Copa América, revelou um time que não se destacou coletivamente, mas que se apoiou em habilidades individuais para construir e estender a liderança no placar. Contudo, devido a falhas defensivas, a equipe mexicana quase empatou, não fosse pelo gol decisivo de Endrick nos acréscimos.
Dorival Júnior inovou na escalação para este teste pré-Copa América. O técnico optou por uma equipe completamente diferente daquela que jogou na última Data Fifa contra Inglaterra e Espanha. Assim, jogadores como Vinicius Jr. e Rodrygo começaram no banco, e Endrick foi substituído por Evanilson, que fez sua estreia.
Os titulares devem retornar para o próximo jogo contra os Estados Unidos, na quarta-feira, 12, no Estádio Camping World, em Orlando. No mesmo dia, a seleção dos EUA foi derrotada pela Colômbia por 5 a 1.
Andreas Pereira, celebrando seu retorno à seleção após seis anos, na primeira convocação de Dorival, impressionou o técnico e deu mais motivos para ser convocado novamente. O camisa 19 seguiu as instruções táticas e explorou os espaços na defesa mexicana. Foi nesse contexto que, aos cinco minutos, ele recebeu um passe de Savinho, driblou dois defensores e marcou o primeiro gol com um chute da entrada da área.
O restante do primeiro tempo foi marcado por um jogo físico no meio-campo e pouca criatividade. Evanilson, jogando como centroavante, frequentemente recuava para buscar a bola perto de Ederson e Douglas Luiz. Na transição para o ataque, Martinelli e Savinho raramente conseguiram acelerar o jogo, apesar das expectativas para os jogadores das alas.
Embora a equipe nunca tenha jogado junta antes, houve uma certa sintonia na defesa. No entanto, os defensores brasileiros se beneficiaram das dimensões reduzidas do campo do Estádio Kyle Field, que é menor do que o tamanho padrão e restringiu a busca por espaços.
Sem alterações no elenco, Dorival ajustou a estratégia para que Yan Couto avançasse mais, permitindo que o ponta direita jogasse mais centralizado. O segundo tempo começou sem mudanças até que um passe de Militão encontrou Yan Couto, que invadiu a área e assistiu Martinelli para o segundo gol, validando a alteração tática do treinador.
As substituições de Pepê, Lucas Paquetá e Endrick foram promovidas por Dorival. O ex-atacante do Palmeiras mostrou determinação e criou uma oportunidade de gol logo em seu primeiro toque na bola, superando a atuação de Evanilson. No entanto, a seleção brasileira continuou com problemas na criação coletiva. Em contraste, o México intensificou o ataque com as entradas de Vega e Pineda.
O técnico Jaime Lozano se destacou com as substituições. Vega, após receber a bola de Antuna devido a um erro de Paquetá, cruzou para Quiñones marcar. Um erro semelhante já havia quase acontecido antes, pois a seleção brasileira estava falhando na saída de bola.
Vinicius Júnior e Bruno Guimarães entraram em campo logo após o gol mexicano, em substituições já planejadas. O número 7 animou os torcedores, majoritariamente mexicanos. Além de ser um astro do Real Madrid e candidato à Bola de Ouro, Vinicius elevou o nível do jogo com corridas diagonais e aproximação de Endrick. Os dois, que farão parte do mesmo ataque no Real Madrid após a Copa América, já mostraram entrosamento.
O desempenho coletivo do Brasil continuou abaixo do esperado. As falhas defensivas foram novamente evidentes, com o empate de Guillermo Ayala após um escanteio mexicano e defesa de Alisson. O empate em 2 a 2 nos acréscimos teria sido decepcionante, mas a nova dupla do Real Madrid fez a diferença: Vinicius Júnior cruzou e Endrick cabeceou para garantir a vitória do Brasil.
Ficha Técnica: México 2 x 3 Brasil
Local: Estádio Kyle Field, em College Station, EUA. Público: 85.249 pessoas. Árbitro: Lukasz Szpala (EUA). Cartões Amarelos: Yan Couto e Éder Militão.
Gols:
- Brasil: Andreas Pereira (5’ 1T), Gabriel Martinelli (9’ 2T), Endrick (51’ 2T).
- México: Quiñones (28’ 2T), Ayala (47’ 2T).
Equipes:
- México: Julio González; Reyes, Edson Álvarez, Johan Vásquez, Arteaga; Luis Chávez (Vega), Romo, Carlos Rodríguez (Pineda); Antuna (Cortizo), Julián Quiñones (Huerta), Santiago Giménez (Martínez). Técnico: Jaime Lozano.
- Brasil: Alisson; Yan Couto, Éder Militão, Bremer, Guilherme Arana; Ederson (João Gomes), Douglas Luiz (Bruno Guimarães), Andreas Pereira (Lucas Paquetá); Savinho (Vinicius Jr), Evanilson (Endrick), Gabriel Martinelli (Pepê). Técnico: Dorival Júnior.