Silvio Almeida, Ministro de Direitos Humanos e da Cidadania, expressou sérias preocupações sobre a conduta da Polícia Militar de São Paulo na Baixada Santista, especificamente durante as operações Escudo e Verão. Segundo informações da Gazeta Brasil, Almeida condenou o modelo de policiamento em que os policiais matam e são mortos indiscriminadamente. Ele classificou os defensores desse modelo como radicais e extremistas, que não respeitam as leis, a Constituição e os direitos humanos.
O ministro enfatizou que parece existir uma espécie de permissão para que os policiais atuem sem controle no estado. Ele argumentou que uma polícia sem controle não é uma polícia, mas uma milícia. Almeida também refutou a ideia de que a segurança pública é apenas uma licença para matar, enganando a população enquanto os índices de violência aumentam.
Em resposta às críticas do ministro, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo defendeu suas forças de segurança, afirmando que são instituições legalistas que cumprem estritamente seu dever constitucional. A secretaria também destacou que todos os casos de morte em confronto são rigorosamente investigados.
Almeida, durante a coletiva, mencionou as ações do ministério contra violações de direitos humanos. Ele propôs um diálogo com as polícias para reavaliar suas ações e enfatizou a importância da regulamentação das câmeras de segurança. O ministro também pediu que outras autoridades de controle atuem contra violações de direitos no estado.
As Operações Escudo e Verão, realizadas pela PM na Baixada Santista, foram justificadas como uma resposta ao crime organizado após a morte de policiais militares na região. A Operação Escudo resultou em 28 mortes em 40 dias e a Operação Verão resultou na morte de 56 pessoas por policiais militares na região.