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A Otan está se preparando para continuar assegurando o apoio ocidental a Kiev, com a principal preocupação sendo a possível reeleição de Donald Trump como Presidente dos EUA. Trump ameaçou várias vezes reduzir drasticamente o apoio à Ucrânia caso retornasse à Casa Branca, então a Otan está se preparando para tempos possivelmente turbulentos, elaborando um novo plano operacional para ampliar o suporte à Ucrânia.
O projeto decidido em Bruxelas destaca o desejo da Otan de coordenar internacionalmente as entregas de armas e as atividades de treinamento para as forças armadas ucranianas, uma tarefa até agora liderada principalmente pelos Estados Unidos. Os EUA estabeleceram uma unidade própria de 300 homens em uma base em Wiesbaden para essa finalidade.
Atualmente, os militares dos EUA não apenas coordenam a ajuda, mas Washington também é o maior fornecedor de armas para o exército ucraniano. No entanto, acreditar que esse apoio continuaria garantido a longo prazo, mesmo se Trump ganhasse as eleições, é uma visão otimista demais. Se Trump reduzisse drasticamente o apoio com tanques, mísseis e munições, os europeus poderiam tentar preencher essa enorme lacuna, embora seja improvável que tenham sucesso.
Mesmo mais de dois anos após o ataque da Rússia, os países europeus ainda debatem sobre a rapidez com que a produção de armas deve ser aumentada, considerando a ameaça de guerra. Até agora, a UE não conseguiu fornecer aos ucranianos o milhão de cartuchos de munição prometidos no início do conflito.
A maioria dos estados queria chamar o novo projeto de “Missão da OTAN na Ucrânia”, mas isso poderia ser interpretado como um plano para enviar soldados para a Ucrânia. Por isso, o projeto foi nomeado de forma mais complexa como “Assistência e Formação em Segurança da OTAN para a Ucrânia” (NSATU).
Embora possa parecer uma mudança pequena, isso sinaliza claramente a Moscou a extensão das preocupações e a pouca disposição da Europa para enfrentar a Rússia diretamente nesta guerra.