A mancha solar AR3664, indiscutivelmente a mais notória dos últimos dez anos, ganhou destaque por desencadear a tempestade solar mais intensa desde 2003. Completando uma rotação solar, o fenômeno desencadeou uma série de explosões solares e interrupções de rádio no Brasil.
Segundo informações do Canaltech e spaceweather.com, na segunda-feira (27), a mancha AR3664, agora rebatizada como AR3697, gerou uma erupção de magnitude X2.8, que pode ter superado as estimativas iniciais. Após um curto intervalo de tranquilidade, a mancha solar voltou a produzir uma explosão de classe X1.4, sendo os eventos de classe X os mais intensos na escala oficial.
Embora essa erupção possa não ter sido tão potente quanto a anterior, sua duração foi suficiente para expelir uma nuvem de plasma da coroa solar, a camada mais externa da atmosfera solar. Em termos simples, uma Ejeção de Massa Coronal (CME) foi lançada ao espaço e pode atingir a Terra.
A nova tempestade solar, conforme as previsões da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), que monitora o clima espacial, pode chegar à Terra e provocar uma tempestade geomagnética na sexta-feira (31). Se a previsão se confirmar, a tempestade deve ser de intensidade moderada.
Finalmente, a explosão X1.4 gerou um pulso de radiação ultravioleta extrema que interrompeu os sinais de rádio de ondas curtas nas Américas, incluindo o Brasil. Os operadores de rádio podem ter experimentado perda de sinal em todas as frequências abaixo de 30 MHz por um período de 60 a 90 minutos após o início da explosão.