O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rompeu o silêncio e denunciou publicamente os atrasos no fornecimento de armas dos Estados Unidos. Em uma reunião de gabinete no domingo, Netanyahu declarou que meses de discussões privadas não surtiram efeito, e por isso, decidiu fazer uma manifestação pública. A administração Biden, segundo ele, estava “retendo armas”, o que gerou uma resposta contundente do enviado dos EUA, Amos Hochstein, que classificou os comentários de Netanyahu como “improdutivos” e “completamente falsos”.
Segundo informações da CNN Brasil, essa disputa ocorre em meio a riscos crescentes na guerra em Gaza e à possibilidade de um novo conflito entre Israel e o Hezbollah. Os EUA continuam sendo o aliado mais importante de Israel e seu maior fornecedor de armas, mas a preocupação com as vítimas civis em Gaza tem aumentado.
Netanyahu revelou que, há cerca de quatro meses, houve uma queda dramática no fornecimento de armamentos dos EUA a Israel. Apesar de pedidos insistentes nos níveis mais altos e em salas privadas, a situação não mudou. Agora, ele espera que essa questão seja resolvida em breve.
Enquanto a crise se desenrola, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, viaja para os EUA. Ele enfatiza a importância das relações com Washington e discutirá a guerra contra o Hamas, o retorno dos reféns e medidas para alcançar a estabilidade regional. No entanto, o confronto entre Gallant e Netanyahu, aliado à oposição de membros favoráveis a um futuro Estado palestino independente, torna o cenário ainda mais explosivo.