Jack Allan, um entusiasta de esportes e atleta do time de natação da Universidade de Loughborough, no Reino Unido, sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico durante uma luta de treinamento de MMA. Após um chute no rosto que resultou em sangramento nasal persistente, os médicos descobriram que o AVC havia afetado parte do cérebro de Jack.
Curiosamente, duas semanas após o incidente, Jack começou a falar com um sotaque estrangeiro, como se fosse um nativo de outro país. Esse fenômeno é conhecido como “síndrome do sotaque estrangeiro” (FAS, em inglês) e ocorre em pessoas que sofreram lesões cerebrais que afetam a área responsável pela comunicação na língua materna.
O cérebro, embora integrado, possui regiões especializadas para funções específicas. Na comunicação, a área para língua estrangeira difere daquela para a língua materna. Em situações de emergência, o cérebro pode recorrer a essa outra parte para compensar danos.
Jack passou semanas falando com sotaque de outra cultura, mas trabalhou com fonoaudiólogos para recuperar os sons do inglês. Além da fala, o AVC também trouxe desafios em outras áreas. Inicialmente, os médicos hesitaram em aliviar a pressão no cérebro, mas, eventualmente, o sangramento causou danos irreversíveis.
Apesar das dificuldades, Jack retomou sua vida, voltando à academia e aos treinos de natação. Seu desempenho pode não ser o mesmo, mas sua determinação permanece inabalável. Ele espera, ao longo dos anos, voltar ao normal e continuar treinando diariamente.