Uma mulher, acusada de envolvimento no sequestro do ex-jogador Marcelinho Carioca, foi presa em flagrante em um condomínio de alto padrão na cidade de Igaratá, interior de São Paulo. O nome dela não foi divulgado, mas sua suspeita é perturbadora: integrar uma quadrilha especializada em aplicar golpes.
De acordo com informações da CNN Brasil, a operação, conduzida pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), desmantelou uma “central de golpes” financeiros que operava no imóvel. Além dela, outros 11 suspeitos foram detidos. A tecnologia usada pelos criminosos envolvia comunicação via satélite, e eles se passavam por funcionários de bancos para enganar suas vítimas.
Os vizinhos denunciaram a movimentação suspeita na casa, onde pessoas entravam e saíam com notebooks, fones de ouvido e outros equipamentos eletrônicos. A polícia agiu rapidamente, e alguns criminosos tentaram fugir pelos fundos da residência, mas acabaram sendo alcançados. A apreensão resultou em 12 notebooks, 18 celulares, cinco fones de ouvido e três veículos.
Uma das vítimas, uma juíza de 76 anos do Rio de Janeiro, relatou como caiu no golpe. Um dos suspeitos se passou pelo gerente da idosa, alegando uma quebra de segurança em sua conta bancária. Com isso, conseguiram transferir quase R$ 50 mil da vítima.
Nos computadores apreendidos, os investigadores encontraram roteiros detalhados sobre como enganar as vítimas. Essa operação revelou a face sombria por trás do sequestro de Marcelinho Carioca, que ficou desaparecido em dezembro do ano passado. O ex-jogador foi mantido em cativeiro com uma amiga, servidora da Secretaria de Esportes e Lazer de Itaquaquecetuba. Sete pessoas foram indiciadas por envolvimento no sequestro, e o julgamento está marcado para o próximo dia 2 de agosto. A trama, que envolveu um vídeo forçado e uma rede de golpes, chocou o país e revelou a sofisticação criminosa por trás das aparências.