Foto: Ricardo Stuckert / PR
A moeda americana encerrou a terça-feira, 26, no maior patamar desde 18 de janeiro de 2022. É o novo recorde da divisa dos Estados Unidos contra o real no atual governo desde 3 de janeiro do ano passado, quando os investidores receosos com Lula levaram o dólar a fechar em 5,46 reais.
A mudança nas perspectivas sobre o corte de juros nos Estados Unidos, com a constante postergação do início do ciclo de afrouxamento monetário, também contribui para a escalada do dólar que tem se apreciado contra praticamente todas as moedas emergentes nos últimos dias. No entanto, o presidente brasileiro certamente tem auxiliado na desvalorização do real.
Deste a terça-feira da semana passada, 18, quando Lula iniciou a sequência de entrevistas e a verborragia incontida do eterno candidato, o dólar se apreciou 10 centavos de real, ou 1,86% contra a moeda brasileira. No período, o real registrou a pior performance em uma cesta com 23 emergentes.
O estrago dos excessos e da falta de compromisso do petista com a economia do país é maior que esta semana. Coincidência ou não, foi nesse período que a divisa nacional alcançou e ultrapassou o peso argentino como moeda mais desvalorizada entre os emergentes no ano. Desde o início de 2024, o dólar acumula alta de 12,03% contra o real e 11,25% contra a moeda gerida pelo desafeto do petista, o argentino Milei.
No fim do dia, Lula admitiu que o dólar subiu porque o mercado “não deve ter gostado” das declarações feitas mais cedo, antes de retornar ao proselitismo sem fim do Brasil que tem que dar certo para todos e não só para alguns.
O petista ainda não se tocou que além de viajar pelo mundo com a primeira dama, e fazer discurso eleitoral toda vez que se aproxima de um microfone, em algum momento, ele deve tomar posse como presidente da República e começar a trabalhar.
Há muito a ser feito, a começar pelas contas públicas. O déficit primário do governo central em maio deste ano, divulgado também nesta terça-feira, 26, pelo Tesouro Nacional, é o pior para o mês desde 2020 – auge da pandemia. A arrecadação tem crescido com a força impelida pelo governo para que a mão invisível do Estado alcance cada vez mais bolsos brasileiros. No entanto, as despesas continuam crescendo em ritmo mais forte.