Foto: Roman Kutukov/Reuters
A cidade mais fria do mundo: uma vida congelante em Yakutsk
Longe dos destinos paradisíacos dos trópicos, mais de 300 mil pessoas habitam a cidade russa de Yakutsk, conhecida como a mais fria do mundo. As temperaturas na cidade variam mais de 100°C ao longo do ano, podendo chegar a até -64°C no inverno mais rigoroso.
Origem militar
Diversos povos da Sibéria migraram para a região de Yakutsk no século 15. O assentamento foi transformado em fortaleza em 1632 e, anos depois, tornou-se o centro da região leste da Rússia.
Luta pela saúde
Os moradores da região convivem com o risco de congelamento de membros e doenças como hipotermia, anemia e transtornos psicológicos, devido à falta de luz solar em boa parte do ano.
Velhice antecipada
Outro fenômeno causado pelo frio extremo é a aceleração do metabolismo da população. O corpo gasta mais energia para se manter aquecido, o que faz com que os moradores envelheçam entre três a quatro anos mais rapidamente do que em outras regiões.
Temperaturas extremas
Apesar do frio, os breves verões em Yakutsk podem elevar as temperaturas acima dos 30°C. O recorde de calor na cidade é de 38,4°C, registrado em julho de 2011. O clima, por sua vez, é seco, devido às chuvas escassas na região.
Riqueza bilionária
Apesar do clima congelante, fontes de metais e pedras preciosas, como ouro e diamante, se tornaram a principal fonte de renda da cidade, atraindo milhares de trabalhadores e especialistas.
Centro científico
Yakutsk também abriga o Instituto de Pesquisas Cosmofísicas da Rússia, onde especialistas trabalham com um dos maiores detectores de raios cósmicos do mundo, vindos do espaço.