Após liderar a monarquia de Luxemburgo por 24 anos, o grão-duque Henri anunciou no último domingo (23/6) sua decisão de abdicar indiretamente do posto em favor de seu primogênito, o príncipe Guillaume, de 42 anos.
Segundo a imprensa europeia, a transição na instituição do país, que possui status de grão-ducado, está prevista para ocorrer em outubro.
Durante as comemorações do Dia Nacional de Luxemburgo, Henri revelou sua escolha: “Eu gostaria de informá-los que decidi nomear o príncipe Guillaume como tenente-representante em outubro. É com todo o meu amor e confiança que lhe desejo boa sorte”.
Com a renúncia do pai, Guillaume assumirá plenamente as funções de representante grão-duque tenente, uma espécie de príncipe regente em países com sistema de monarquia. Henri, no entanto, manterá o título de soberano do país, podendo delegar algumas tarefas ao novo representante, conforme explicou o primeiro-ministro de Luxemburgo, Luc Frieden.
O processo de transição da coroa para Guillaume deverá durar alguns anos. Henri já havia dado sinais em entrevistas de que iria renunciar ao posto de grão-duque, destacando a importância de dar oportunidades aos jovens e fortalecer a confiança na relação com seu filho.
Essa história de sucessão se repete na monarquia de Luxemburgo. Henri assumiu o trono após a renúncia de seu pai, o grão-duque Jean, em 2000. Antes disso, ele havia ocupado a posição de tenente.
O príncipe Guillaume, fruto do casamento de Henri com a grã-duquesa María Teresa, tem quatro irmãos: Félix (40 anos), Louis (37), Alexandra (33) e Sébastien (32).
Henri, descrito pela imprensa como um “grande atleta”, possui uma fortuna avaliada em bilhões de dólares. Em 2019, ele geria um patrimônio de US$ 3,93 bilhões (equivalente a R$ 21,35 bilhões na cotação atual). O grão-duque também tem vínculos com o Brasil, sendo bisneto de Maria Antônia de Bragança e Maria Ana de Bragança, netas do rei português Dom Miguel, irmão do imperador brasileiro Dom Pedro I.
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