Um caso médico incomum está chamando a atenção e gerando curiosidade nas redes sociais neste domingo (23). A história divulgada pelo site Em Off conta sobre um homem de 54 anos que, após conviver por 14 anos com vitiligo, se recuperou da condição. O detalhe mais surpreendente é que ele se curou um mês após se divorciar de sua esposa.
Segundo informações do G1, o industriário recuperou cerca de 93% da coloração de sua pele. Em 2009, ele consultou um especialista que confirmou que o vitiligo pode estar diretamente relacionado à saúde mental. Após refletir sobre sua vida, ele concluiu que sua ex-esposa estava causando diversos problemas psicológicos, incluindo ansiedade, nervosismo e agonia devido ao excesso de ciúmes e desconfiança.
“O casamento tinha, hoje eu sei, traços de toxicidade,” disse o homem, que decidiu acabar com o casamento dois anos após iniciar o tratamento com o especialista.
“A partir do momento que eu me libertei, os resultados apareceram, mas outros problemas ainda preciso administrar, como a questão dos filhos. Por isso, ainda tenho manchas nas mãos e pés, que são resultado de gatilhos menores e gerenciáveis,” explicou. Atualmente, ele trata o vitiligo com duas medicações e acompanhamento psicológico.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o vitiligo é uma doença autoimune não contagiosa, caracterizada pela perda de coloração da pele devido à diminuição ou ausência de melanócitos, as células responsáveis pela produção de melanina.
A dermatologista Juliana Neiva destacou que a doença está relacionada a fatores emocionais, genéticos e imunológicos. Entretanto, a psicanalista e psicóloga Márcia Tolotti ressaltou que, embora fatores emocionais possam desencadear a doença, o tratamento psicológico não garante a cura do vitiligo.
“Pode ser segmentada ou unilateral, quando se manifesta em uma parte do corpo, e também pode afetar o cabelo; ou não-segmentar e bilateral, sua forma mais comum, que afeta os dois lados do corpo e é geralmente marcada por lesões nas extremidades, como pés, mãos e boca,” explicou a médica ao detalhar as classificações da doença.