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O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, enviará uma lista com pedidos de extradição de envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro que se refugiaram na Argentina.
Há preocupação quanto à reação do governo de Javier Milei, ultradireitista e opositor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Existe o risco de que a Argentina aceite os pedidos de asilo político dos fugitivos.
Segundo o g1, um assessor direto de Lula afirmou que o processo será um teste para a relação entre Brasil e Argentina, já que o país vizinho pode optar por seguir os caminhos jurídicos internacionais ou tomar uma decisão política.
“Vamos listar todos os condenados que possivelmente estejam na Argentina e encaminhar os pedidos de extradição, tudo em articulação com o Ministério de Relações Exteriores e Supremo Tribunal Federal”, disse Andrei Passos ao blog de Valdo Cruz, do g1.
O diretor da PF também solicitará à comunidade de polícias das Américas que os nomes dos fugitivos sejam incluídos na “rede Anfast de capturas da Ameripol”.
Os pedidos serão encaminhados na próxima semana. Uma lista inicial indica que 65 envolvidos nos atos de 8 de janeiro foram ilegalmente para a Argentina.
Na quinta-feira (6), a Polícia Federal deflagrou uma operação visando 208 pessoas envolvidas na tentativa de golpe de 8 de janeiro. Durante a operação, 49 fugitivos foram capturados, conforme informado pela corporação. Além disso, a PF está em busca de outros 159 indivíduos alvo de mandados de prisão emitidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
A ação representa uma nova etapa da Operação Lesa Pátria, que desde o ano passado investiga a invasão dos prédios dos Três Poderes em Brasília.