Recentemente, foi divulgada uma informação que suscitou questionamentos sobre o uso de recursos públicos no Brasil. Segundo um relatório detalhado, o Supremo Tribunal Federal (STF) destinou cerca de R$ 200 mil em diárias para que quatro policiais federais acompanhassem ministros da corte em uma viagem de fim de ano para os Estados Unidos. Esse significativo gasto de dinheiro público tem gerado debates sobre a pertinência e eficácia de tais despesas.
É importante ressaltar que, dentre os ministros que supostamente participaram da viagem, apenas Edson Fachin teve atividades públicas registradas, todas aparentemente realizadas em território brasileiro. O valor das diárias foi dividido entre os seguranças, sendo que dois deles receberam R$ 50,9 mil cada, enquanto os outros dois receberam R$ 49 mil cada. Essas quantias foram destinadas a cobrir períodos que variavam de 20 a 21 dias no exterior, durante o período de transição de ano.
O que a diária cobriu?
Durante o período mencionado, os valores foram destinados a cobrir despesas básicas como hospedagem, alimentação e transporte urbano nos EUA. No entanto, uma questão que se levanta é a justificativa para a ida destes seguranças, dado que não foram divulgados compromissos oficiais dos ministros que exigissem essa proteção intensificada no exterior.
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Resposta do STF sobre segurança
- Medidas de Segurança: Segundo a assessoria do STF, existe uma análise de risco que determina o número de agentes necessários para cada deslocamento de seus membros.
- Proteção Integral: Esta política inclui agendas institucionais e não institucionais, como uma medida preventiva em resposta ao ‘aumento de ataques e incidentes’ que envolvem magistrados fora do país.
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Custos de segurança x diárias
De acordo com a Secretaria de Segurança do STF, a decisão de contratar segurança local no exterior seria considerada mais custosa do que arcar com as diárias dos servidores, que já estão familiarizados com as rotinas e necessidades dos ministros. No entanto, apesar dessa alegação, o alto gasto com diárias internacionais continua a ser um assunto que requer uma maior transparência e justificação perante a opinião pública.
Esta situação veio à tona pouco tempo após outra divulgação, na qual foi revelado que o ministro Dias Toffoli utilizou R$ 99,6 mil de recursos públicos em diárias para um segurança durante suas viagens a Londres e Madri. Em meio a essa analise, o site do STF que disponibilizava dados sobre diárias e passagens foi retirado do ar, citando ‘inconsistências’ como justificativa. Essa medida apenas intensifica o debate sobre a necessidade de maior transparência nas finanças públicas, especialmente em um contexto de crise econômica e fiscal.
Em direção à transparência
O pagamento das diárias, conforme resolução de fevereiro de 2024, deve atender critérios claros e estar sujeito a autorizações específicas, respeitando a lei orçamentária vigente. Afinal, o controle rigoroso e a visibilidade dessas despesas são essenciais para garantir que o dinheiro público seja utilizado de maneira eficaz e justa, sem desperdícios ou abusos.