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Em 2024, o manganês emergiu como o metal mais valorizado, superando commodities como cobre e ouro. Os preços do minério de manganês aumentaram quase 100% desde o início do ano, impulsionados por um evento climático que devastou a segunda maior mina mundial, operada pela Groote Eylandt Mining Co. (GEMCO), na Austrália.
Um ciclone severo atingiu a região em março, causando danos significativos às infraestruturas de transporte e portos, e suspendendo as exportações de minério de alto teor. A recuperação das operações está prevista apenas para 2025. A GEMCO é controlada pela South32 Ltd., com 60% de participação, enquanto a Anglo American Plc possui os 40% restantes.
Embora menos conhecido, o manganês desempenha um papel crucial na indústria siderúrgica, fortalecendo o aço e reduzindo sua fragilidade. Além disso, é utilizado em baterias e na produção de ligas de alumínio.
Inicialmente, o aumento nos preços foi mitigado pelos estoques existentes, mas o impacto do choque de oferta tornou-se evidente a partir de abril. Analistas, como Zach Parsons da Benchmark Mineral Intelligence, preveem que a escassez de oferta continuará a sustentar os preços elevados até a retomada completa das operações da GEMCO.
As empresas do setor estão ajustando suas estratégias de mercado, considerando a venda de minério de qualidade inferior para aproveitar os preços altos. A Element 25 Ltd., por exemplo, está explorando essa oportunidade em seu projeto Butcherbird.
Com o mercado global se adaptando às novas realidades da oferta de manganês, o cenário para o restante de 2024 continua a ser moldado pelas respostas estratégicas das mineradoras e pela recuperação das operações na Austrália.
