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O Irã pediu ajuda ao Afeganistão, governado pelo Talibã desde 2021, na atuação contra Israel em meio à guerra do país governado por Benjamin Netanyahu contra o Hamas. O conflito em Gaza já se estende por mais de oito meses.
Representantes diplomáticos de ambos os países discutiram, no último domingo (16/6), a relação entre Teerã e Cabul e abordaram o conflito na Faixa de Gaza. Durante a conversa, por telefone, o ministro dos Negócios Estrangeiros em exercício no Irã, Ali Bagheri Kani, pediu que países islâmicos – como o Afeganistão – se unam para aumentar a pressão contra Israel.
Apesar de o teor da conversa entre os dois ministros não ter sido divulgado, o pedido de uma maior união contra as ações israelenses no território da Palestina aconteceu após rumores de um possível envio de soldados do Talibã para lutar contra Israel.
Em 13 de junho, o repórter Hassan Alaik, do jornal Al-Mahatta, ligado ao Hezboolah, citou fontes anônimas e afirmou que o grupo afegão informou à Teerã que estaria pronto para enviar combatentes do Talibã, que lutariam lado a lado com grupos apoiados pelo Irã.
Dias antes, a capital do Irã foi palco de um encontro entre autoridades do Hamas e Talibã na esteira das cerimônias do funeral do ex-presidente Ebrahim Raisi.
O chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh, teve conversas com o ministro das Relações Exteriores do Talibã, Amir Khan Muttaqi, e o vice-ministro da Economia do Afeganistão, Abdul Ghani Baradar. Detalhes das discussões não foram divulgados, mas imagens do encontro foram compartilhadas por um porta-voz do grupo afegão no X, antigo Twitter.
Guerra generalizada
A possível união entre Talibã e grupos apoiados pelo Irã, como o Hezbollah, acontece em meio à escalada de violência no Oriente Médio.
Na última terça-feira (18/6), o exército de Israel divulgou planos para um ataque contra o Líbano, sem dar maiores detalhes sobre a ação.
A decisão foi divulgada após a escalada de tensão entre Israel e o grupo libanês Hezbollah aumentar nas últimas semanas.
O Hezbollah, por sua vez, rebateu a ameaça israelense e afirmou que o grupo possuí um “banco de alvos” que podem ser atingidos no território de Israel.
Além disso, o chefe do grupo libanês, Hassan Nasrallah, fez ameaças contra o Chipre caso o país permita que Israel use bases militares ou aeroportos do país em um novo conflito na região.
“O governo cipriota deve ser avisado de que abrir aeroportos e bases cipriotas para o inimigo israelense atingir o Líbano significa que o governo cipriota se tornou parte da guerra e a resistência [o Hebollah] lidará com isso como parte da guerra”, declarou.
Créditos: Metrópoles.