Mahmoud Ahmadinejad, ex-presidente do Irã e com 67 anos de idade, apresentou sua candidatura para as próximas eleições presidenciais no Irã, que ocorreram no domingo, 2 de junho de 2024. A eleição, agendada para 28 de junho, foi convocada após a morte de Ebrahim Raisi em um acidente de helicóptero no Azerbaijão.
No entanto, a candidatura de Ahmadinejad ainda precisa ser aprovada. O Conselho Guardião do país, composto por clérigos, é responsável pela análise dos registros e anunciará os candidatos aprovados em 11 de junho. Segundo informações do Poder 360, Ahmadinejad, que já fez parte da Guarda Revolucionária do Irã, foi eleito em 2005 e renunciou em 2013. Ele tentou se candidatar novamente em 2018, mas foi barrado pelo Conselho Guardião.
Durante seu mandato em 2010, Ahmadinejad aceitou uma versão preliminar do acordo nuclear proposto pelo Brasil e pela Turquia, conhecido como Declaração de Teerã. Na época, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, em seu segundo mandato, buscou envolvimento na questão para ganhar reconhecimento internacional e potencialmente ser considerado para o Prêmio Nobel da Paz. Lula viajou para Teerã, a capital do Irã, para negociar a parceria com Ahmadinejad.
No entanto, em 2015, o acordo final foi assinado sem a participação do Brasil e da Turquia. O tratado foi firmado com o chamado P5 (China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia) e a Alemanha. Sob o acordo, Teerã concordou em limitar suas atividades nucleares e permitir a entrada de inspetores da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica). Em troca, as sanções econômicas globais impostas ao país foram suspensas.
O acordo foi interrompido após a retirada dos EUA em 2018 e desde então está sendo renegociado. Em fevereiro, o Irã negou a visita de Rafael Grossi, diretor-geral da AIEA, para uma inspeção das instalações nucleares iranianas.