Brasília – Dois ex-comandantes do Exército, Marco Antonio Freire Gomes e Júlio César Arruda, prestaram depoimentos por escrito em defesa do general Estevam Theophilo, que está sendo investigado por suspeita de participação em uma trama golpista liderada pelo entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). As declarações, às quais a CNN teve acesso, foram anexadas à ação que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
O general Theophilo, que integrou o Alto Comando do Exército até novembro de 2023, é acusado de ter concordado com uma suposta ação para barrar a posse do presidente Lula, mesmo após o petista ter assumido o cargo em 8 de janeiro. Na ocasião, ocorreram atos de vandalismo e depredação nas sedes dos três poderes da República.
Em sua defesa, o general Theophilo afirma que soube dos ataques pela televisão e que não teve qualquer participação nos atos golpistas.
Os depoimentos dos ex-comandantes do Exército corroboram a versão do general Theophilo, atestando a sua idoneidade e o seu compromisso com a democracia. Marco Antonio Freire Gomes, que comandou o Exército entre 2015 e 2019, descreve Theophilo como um “militar íntegro e dedicado à missão”. Já Júlio César Arruda, comandante entre 2019 e 2021, afirma que Theophilo “sempre se comportou com retidão e profissionalismo”.
A investigação sobre a trama golpista está em andamento no STF, e a defesa do general Theophilo aguarda o desfecho do processo.