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Com a iminente chegada dos veículos autônomos e os desafios para otimizar o tráfego, cientistas agora sugerem uma inovação nos semáforos tradicionais: a inclusão de uma nova luz, na cor branca.
A história dos semáforos remonta à Revolução Industrial, quando o primeiro foi instalado na Praça do Parlamento, na Inglaterra, para regular o tráfego crescente de carruagens. Desde então, o sistema evoluiu pouco, mantendo-se com luzes vermelha, amarela e verde, universalmente reconhecidas pelos motoristas. Agora, após um século, surge a proposta de modernização.
A ideia é simples: com a integração de veículos autônomos capazes de se comunicar entre si e com a infraestrutura urbana, uma luz branca seria acionada para indicar aos motoristas tradicionais que sigam os carros autônomos à frente. Essa comunicação eficiente, baseada em algoritmos avançados, promete reduzir significativamente os congestionamentos urbanos, potencialmente até 99%, segundo estudos preliminares.
Apesar da promessa de eficiência, especialistas como o consultor e engenheiro de transportes Sergio Ejzenberg alertam para desafios. A introdução de uma quarta luz no semáforo poderia complicar a dinâmica do trânsito, especialmente considerando comportamentos imprevisíveis dos condutores humanos diante de novas tecnologias.
Enquanto a adoção em larga escala de veículos autônomos ainda está em fase inicial, cidades ao redor do mundo já exploram soluções tecnológicas para melhorar a mobilidade urbana. No Rio de Janeiro, por exemplo, parcerias com empresas de tecnologia visam reduzir congestionamentos e emissões de carbono através de inteligência artificial em cruzamentos. Além disso, iniciativas como rotatórias têm se mostrado eficazes nos Estados Unidos e começam a ser adotadas no Brasil.
Apesar dos avanços tecnológicos, a discussão sobre mobilidade sustentável continua. Daniel Guth, diretor da Associação Brasileira do Setor de Bicicletas, destaca a importância de priorizar o transporte coletivo e reduzir a dependência de veículos individuais para enfrentar os desafios futuros da mobilidade urbana.
Em suma, enquanto a tecnologia dos veículos autônomos promete transformar o trânsito nas cidades, a busca por soluções integradas e sustentáveis continua sendo fundamental para enfrentar os desafios de mobilidade do século XXI.