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De modo geral, sedentarismo refere-se à falta de atividade física regular, o que pode acarretar diversos prejuízos à saúde, conforme alertam especialistas. No entanto, é possível reverter essa condição, e para motivar as pessoas nesse sentido, o neurocirurgião Antônio Araújo elenca cinco motivos para abandonar o sedentarismo de vez.
Segundo o médico, uma rotina de exercícios físicos melhora a função cognitiva, ativando o hormônio irisina no organismo, o qual beneficia a memória. “Estamos falando de um hormônio que melhora o funcionamento dos neurônios e reduz o esquecimento, sendo importante para demências como o Alzheimer”, afirma.
Além disso, livrar-se do sedentarismo ajuda a manter a mobilidade, especialmente em condições como o Parkinson, onde exercícios de impacto são recomendados por contribuírem para a produção de dopamina, neurotransmissor relacionado ao humor e ao prazer. “Esse hormônio atua no sistema nervoso central para facilitar o movimento, equilíbrio e destreza, além de ser crucial para o circuito de emoções do cérebro”, garante.
A prática regular de atividade física também auxilia na manutenção da força e do equilíbrio, sendo muito benéfica para pacientes com esclerose múltipla. “O hábito pode ajudar a reduzir a fadiga, associando-se a um treino aeróbico que melhora a força e o equilíbrio dos pacientes”, explica. “Apesar de não haver cura para essa doença e muitas outras, a prática de exercícios contribui para uma melhor qualidade de vida e até mesmo para retardar o avanço da condição”, complementa.
Outro benefício da atividade física regular é a redução de crises epiléticas em pessoas que sofrem com esse problema. “O aumento dos níveis de noradrenalina e endorfina atua como protetor do sistema neurológico, ajudando a diminuir os episódios epiléticos”, destaca.
Por fim, os exercícios físicos também têm efeito anti-inflamatório e atuam como analgésicos naturais, amenizando problemas como depressão, ansiedade e enxaquecas. “A liberação de endorfina e serotonina é crucial para ajudar nas dores de cabeça, pois esses hormônios atuam como analgésicos naturais. Além disso, a prática saudável pode reduzir o cortisol, hormônio do estresse, gerando um efeito anti-inflamatório no tratamento das doenças”, conclui Antônio Araújo, em entrevista ao Sport Life.