Hoje, o dólar apresentou alta em relação ao real nos primeiros negócios. Os investidores estão digerindo a queda nas commodities, bem como as expectativas de inflação e as estimativas para a Selic, conforme indicado no boletim Focus. Além disso, o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) ficou no teto das estimativas em maio.
Por outro lado, o recuo nos retornos dos Treasuries (títulos de renda fixa) contribuiu para uma breve queda da moeda americana nesta segunda-feira (3). No boletim Focus, a expectativa para a inflação deste ano foi elevada pela quarta semana consecutiva.
As projeções para a inflação são as seguintes:
Para 2024, a estimativa subiu de 3,86% para 3,88%, mantendo-se acima da meta central de inflação, mas abaixo do teto definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Para 2025, a projeção avançou de 3,75% para 3,77% na última semana.
Já para 2026, a projeção passou de 3,58% para 3,60%.
O indicador desancorou nas últimas semanas, e a estimativa para a Selic no fim de 2024 subiu de 10,00% para 10,25%. Para 2025, a expectativa é de 9,18%. Além disso, o minério de ferro caiu 2,65% na China, e o petróleo apresenta uma ligeira baixa.
Na China, o PMI industrial da S&P Global/Caixin atingiu o maior nível em quase dois anos, contrastando com o PMI oficial de manufatura do país, que indicou contração no setor.
No domingo (2), a Opep+ anunciou um acordo provisório para estender os cortes na produção de petróleo até setembro. Apesar disso, o dólar frente ao real teve uma breve queda, refletindo as perdas nos Treasuries e no índice DXY do dólar em relação a outras seis divisas principais. Isso ocorreu em meio às expectativas pelo PMI industrial dos EUA.
Na sexta-feira (31), o resultado mais fraco do índice de preços de gastos com consumo (PCE), a medida de inflação preferida pelo Fed, apoiou as expectativas de início de corte de juros em setembro. O indicador subiu 0,3% em abril, mas o núcleo do Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE) subiu apenas 0,2%.
O mercado está atento a uma nova rodada de reuniões de diretores do Banco Central (BC) com economistas ao longo do dia. Além disso, durante a semana, teremos o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, a decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE) e o relatório de emprego dos Estados Unidos (payroll) referente a maio.
Enquanto as bolsas avançam na Europa, o euro recua em relação ao dólar. Espera-se que o BCE possa iniciar o corte de juros, de 25 pontos-base, para 3,75% ao ano, após dados de atividade na região que não comprometem essa possibilidade. O euro reagiu ao PMI industrial da zona do euro, que subiu em maio, mas ficou um pouco abaixo da leitura inicial.
Às 9h49, o dólar à vista subia 0,08%, cotado a R$ 5,2534, enquanto o dólar para julho ganhava 0,08%, chegando a R$ 5,2650.