A Operação Fundo do Poço, conduzida pela Polícia Federal (PF), teve início nesta quarta-feira (12/6) com o propósito de desarticular uma organização criminosa responsável pelo desvio e apropriação de recursos do fundo partidário destinados a um partido político durante as eleições de 2022, conforme declarado pela corporação. O principal alvo da investigação é o presidente do Solidariedade, anteriormente do Pros, Eurípedes Júnior.
A PF busca executar sete mandados de prisão em São Paulo, Goiás e no Distrito Federal. Até o momento, duas pessoas foram detidas: Cintia Lourenço da Silva, tesoureira do Solidariedade, e Alessandro Sousa da Silva, conhecido como Sandro do Pros. O ex-deputado distrital Berinaldo da Ponte é alvo de mandado de busca e apreensão. Eurípedes Júnior encontra-se em fuga.
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Presidente nacional do Solidariedade, Eurípedes Júnior
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Berinaldo da Ponte
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Sandro do Pros
Uma denúncia feita por um ex-dirigente do Partido Republicano da Ordem Social (Pros), hoje integrado ao Solidariedade, contra outro líder da sigla, deu início a uma investigação da Polícia Federal que resultou na Operação Fundo do Poço. Segundo a PF, a investigação revelou indícios da existência de uma organização criminosa “estruturalmente ordenada”, com base em Relatórios de Inteligência Financeira e prestações de contas de supostos candidatos.
O grupo desviava e apropriava-se de recursos do fundo partidário e eleitoral, utilizando candidaturas laranjas em todo o país, superfaturamento de serviços de consultoria jurídica e desvio de recursos partidários destinados à Fundação de Ordem Social (FOS) – fundação do partido. Ex-dirigentes do partido teriam desviado aproximadamente R$ 36 milhões.
A assessoria do partido, em nota enviada ao portal Metrópoles, declarou que esses eventos ocorreram antes da fusão do Pros com o Solidariedade, e que a equipe está atualmente avaliando a situação, ainda sem um posicionamento definitivo sobre os fatos.