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Singapura, um país conhecido por seu alto nível de desenvolvimento, está lidando com desafios territoriais e de abastecimento de água. A solução inovadora encontrada foi a construção de caixões de concreto no mar para expandir seu território e aprimorar a gestão da água.
Localizada no sudeste asiático, Singapura é reconhecida por sua economia altamente desenvolvida e pelo nono maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo. No entanto, o país enfrenta restrições significativas em termos de território e abastecimento de água. Para superar esses obstáculos, Singapura está investindo em um projeto ambicioso: a construção de caixões de concreto no mar.
O projeto consiste na criação de mais de 130 blocos de concreto, cada um com a altura de um prédio de dez andares. Esses blocos estão sendo posicionados no megaporto de Tuas, situado no Oceano Índico, com o objetivo de expandir o território de Singapura. No total, serão 227 blocos, formando uma parede de 9,1 km de comprimento e criando uma nova área de terra onde antes havia apenas mar.
Este projeto faz parte dos esforços contínuos de Singapura para melhorar a gestão de seus recursos hídricos. Apesar de ter uma das maiores taxas de precipitação anual do mundo, Singapura depende fortemente da importação de água da Malásia. Para diminuir essa dependência, o país tem investido em tecnologias avançadas para captar e tratar a água do mar e de esgoto, transformando-a em água potável.
Os caixões de concreto do megaporto de Tuas não só ampliam o território, mas também fornecem espaço adicional para o megaporto, que é vital para a economia marítima da região. O projeto do megaporto de Tuas, inaugurado em 2022, visa aumentar a capacidade portuária de Singapura em cinco vezes e injetar US$ 4,5 bilhões na economia até 2025.
A construção desses caixões de concreto é uma façanha impressionante da engenharia. Cada bloco tem 29 metros de altura, 20 metros de largura e 40 metros de comprimento, pesando 15.000 toneladas. A fabricação desses blocos envolve um processo complexo de moldagem e movimentação, realizado por uma equipe de 800 trabalhadores em turnos diários de 12 horas.
Além de expandir o território, os caixões de concreto também auxiliam na gestão da água, criando um espaço potencial para a captação e tratamento de recursos naturais. Este projeto é um exemplo de como a combinação de tecnologia e construção civil pode fornecer soluções inovadoras para desafios ambientais e econômicos.
Singapura espera alcançar a autossuficiência em recursos hídricos até 2061, com projetos como este desempenhando um papel crucial. Atualmente, cerca de 30% da demanda por água potável é atendida internamente, e o objetivo é aumentar esse número para 55% até 2050. Embora o projeto enfrente desafios e controvérsias, como preocupações ambientais e altos custos, a determinação de Singapura em encontrar soluções inovadoras para suas limitações naturais é evidente. A construção dos caixões de concreto no Oceano Índico é uma prova de como a tecnologia pode ajudar a superar obstáculos e garantir um futuro sustentável para a nação.