A Polícia Federal (PF) reafirmou hoje, terça-feira, 11, que o ex-militante do Psol, Adélio Bispo, foi o único responsável pelo ataque ao então candidato à presidência, Jair Bolsonaro, em 6 de setembro de 2018.
Segundo a PF, após retomar as investigações para apurar a possível participação de outros envolvidos no atentado, o procedimento deve ser arquivado. A instituição já apresentou o pedido ao Poder Judiciário.
Adélio Bispo está internado no presídio federal de Campo Grande (MS) desde sua prisão.
Em uma coletiva com jornalistas realizada nesta manhã para esclarecer o envolvimento de um dos advogados de Bispo com o Primeiro Comando da Capital (PCC), o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, afirmou que não existem provas que liguem a atuação do PCC ao atentado contra Bolsonaro.
Rodrigues declarou: “Não foi comprovada nenhuma conexão do crime organizado financiando o advogado para defender Adélio”.
Em resposta à CNN Brasil, Bolsonaro discordou da avaliação da PF.
“O delegado, dono da investigação, que concluiu o caso do Adélio, é diretor da PF, cuja diretoria está 100% empenhada em me perseguir”, afirmou o ex-presidente. “O Adélio tem passagem pela Câmara, e a PF não investigou; o Adélio foi atrás do Carlos Bolsonaro em Santa Catarina, em uma escola de tiro; quem pagou a passagem para ele? Como ele sabia dessa informação? Ninguém investigou. Se fosse alguém da direita, iriam revirar a vida da pessoa. Infelizmente, uma parte da PF, hoje, é resultado de uma PF que tem lado.”