Em Guarujá (SP), uma reação rápida de uma tia e seu sobrinho resultou na morte de um criminoso de 21 anos que havia invadido o imóvel da família. Segundo o boletim de ocorrência, as armas estavam sobre a mesa da sala quando o bandido entrou, facilitando a ação das vítimas.
Imagens obtidas pelo g1 mostram que os dois homens chegaram à casa das vítimas no bairro Jardim Virgínia na tarde do último sábado (22). No vídeo, é possível ver outro bandido estacionando a motocicleta, enquanto o homem que foi morto invadia a casa. Pouco depois, ao ouvir os disparos, o comparsa fugiu do local.
A tia, de 45 anos, que é autônoma, estava sentada na mesa da sala, enquanto seu sobrinho, de 23 anos, estava no sofá. O bandido armado entrou na casa anunciando o assalto e apontou a arma na direção dela. A autônoma prontamente pegou a arma que estava sobre a mesa e disparou contra o criminoso. O sobrinho também pegou a arma da mãe dele, que estava na mesa, e atirou contra o bandido.
(À esq.) Arma usada pelo criminoso que foi morto no roubo e (à dir.) armas usadas pela mãe e o filho, em Guarujá (SP) — Foto: Matheus Croce/g1
O comerciante confirmou que estava no sofá quando o criminoso surgiu armado na porta da sala, dizendo “perdeu, perdeu”, e apontando a arma na direção deles.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-SP) informou que um inquérito policial foi instaurado para apurar os fatos do caso, registrado como tentativa de roubo e homicídio com a excludente de ilicitude de legítima defesa na Delegacia de Guarujá.
O Instituto de Criminalística (IC) foi acionado ao local e recolheu as armas para perícia. As armas da família são duas pistolas: uma calibre .45 e outra 9 milímetros. O criminoso estava com um revólver calibre 357.
O advogado da família, Luiz Fernando Mendes Cunha, afirmou que o bandido invadiu a casa anunciando o roubo. A tia e o sobrinho, com armas registradas, atiraram no assaltante, agindo em legítima defesa. Além deles, outras pessoas da mesma família estavam dentro do imóvel. Populares acionaram a Polícia Militar ao ouvirem os disparos, preservando a área do crime.
Cunha destacou que a família costumava deixar o portão aberto, pois o bairro era tranquilo. “Eles reagiram imediatamente ao assalto. Na hora que [o criminoso] entrou, foi uma reação instantânea”.
O delegado Wagner Camargo Gouveia, à TV Tribuna (afiliada da Globo), informou que a família possui o registro de posse de armas e que o caso será tratado como homicídio com a excludente da ilicitude da legítima defesa. A polícia agora atuará para encontrar e prender o comparsa.