O empresário e influenciador digital Pablo Marçal (PRTB) utilizou as redes sociais para alfinetar o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), após ter sido recebido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em um almoço nesta terça-feira, 4, em Brasília.
Marçal busca o apoio do ex-presidente para sua pré-candidatura. No entanto, Bolsonaro indicou aos aliados que manterá o acordo estabelecido com o prefeito de São Paulo, desde que Nunes aceite a indicação do ex-presidente para a vice na chapa.
“Esse é o brasileiro que mais brilhou como presidente do Brasil. O único na história a diminuir impostos reais. Almoçamos juntos e não pedi nada ao Bolsonaro. Todavia, tomei conselhos importantes que irei seguir”, afirmou o empresário.
Marçal acrescentou: “Em breve, teremos você novamente guiando essa nação. A partir de agora faço parte do grupo de poucos no Brasil que ganharam essa medalha do clube do Bolsonaro. O Nunes nunca terá essa medalha. Sobre o futuro?? Ele já está garantido! São Paulo será reconhecida como a cidade do futuro!!!”
Quanto à posição de Marçal nas pesquisas:
Segundo uma pesquisa do Datafolha divulgada no final de maio, Ricardo Nunes e o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) estão tecnicamente empatados nas intenções de voto na disputa pela Prefeitura de São Paulo, ambos com 24%. Marçal, por sua vez, aparece com 7% das intenções de voto, um ponto percentual abaixo de José Luiz Datena (PSDB) e Tabata Amaral (PSB).
Outras pesquisas eleitorais recentes também apontam a presença de Marçal nas sondagens. Ele obteve 10,4% na pesquisa CNN/Atlas, 7% no Datafolha e 5,1% no Paraná Pesquisas. Em todas essas pesquisas, Boulos e o atual prefeito ocupam as duas primeiras posições, com um empate técnico em duas delas.
O empresário e influenciador digital tem uma estratégia clara para enfraquecer o palanque do atual chefe do Poder Executivo paulistano, Ricardo Nunes (MDB). Marçal atua em duas frentes: primeiro, se aproximou da ala mais radical do PL e demonstrou disposição para seguir a pauta do chamado “Bolsonarismo raiz”, sem restrições a nomes ou bandeiras do ex-presidente da República. Segundo, iniciou conversas com o União Brasil para que o partido desista de uma candidatura própria e possa se unir à coligação com o PRTB.