A Corregedoria da Guarda Municipal de Jaguariúna (SP) iniciou uma investigação administrativa após vídeos do casamento do vereador e guarda municipal Silvio Telles de Menezes (PSD) circularem nas redes sociais. Em comunicado, o parlamentar alegou ser vítima de “perseguição política”.
Jaguariúna investiga conduta de GMs armados e vestidos de gângsteres em casamento de vereador pic.twitter.com/VXTr6v2IZQ
— Portal do Holanda (@portaldoholanda) May 13, 2024
As imagens mostram Menezes e dois padrinhos entrando na cerimônia portando pistolas e fuzis apontados para o chão. O trio estava vestido com trajes de gângster, lembrando a série fictícia “Peaky Blinders”.
O casamento ocorreu em 27 de abril, e todos os padrinhos são colegas de Menezes na Guarda Municipal. No entanto, não está claro se as armas eram réplicas ou se pertenciam à corporação.
A prefeitura informou que uma sindicância será aberta nesta segunda-feira (13), com um prazo inicial de 30 dias, podendo ser estendido por mais 30. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) esclareceu que, após serem doadas, as armas não são mais de responsabilidade da pasta.
A Câmara Municipal reconheceu o ocorrido, mas ressaltou que as ações supostamente tomadas dizem respeito à vida pessoal do guarda municipal Sílvio Telles de Menezes e não têm relação com seu trabalho legislativo.
“Se provocado, o Conselho de Ética poderá analisar qualquer denúncia que chegue à Casa, embora isso ainda não tenha ocorrido. Por enquanto, a Câmara Municipal aguarda os resultados da investigação interna conduzida pela Guarda Civil Municipal de Jaguariúna”.
Quanto ao posicionamento do vereador, ele afirmou à EPTV, afiliada da TV Globo, que atua como guarda municipal há 18 anos e alegou ser alvo de “perseguição política”. Além disso, ele expressou ter feito uma retratação às pessoas que se sentiram ofendidas.
“O casamento foi um sonho meu e da minha esposa. Quanto ao procedimento realizado, estarei à disposição para responder por ele. Quanto às armas, não vou me pronunciar pois estou aguardando os procedimentos da Corregedoria”.